Palmeiras mantém série invicta
Diante de 37 mil torcedores no Allianz, colombiano marca na vitória de 2 a 1 sobre o Santos e mantém equipe com 100% de aproveitamento
O Palmeiras venceu ontem o Santos por 2 a 1, em São Paulo, e manteve seu aproveitamento de 100% no Campeonato Paulista. O zagueiro palmeirense Antonio Carlos abriu o placar logo aos dois minutos e o colombiano Borja, que desde o ano passado tem seu futebol questionado pela torcida, marcou o gol que garantiu a vitória. O gol santista foi de Renato. Em Novo Horizonte, o Corinthians venceu os donos da casa.
Desde o ano passado, o palmeirense se pergunta se vale a pena continuar apostando em Borja como titular do ataque. O maior problema dele é chamar a bola de Vossa Excelência em alguns lances. Ontem, o colombiano provou que merece continuar com a camisa 9. Ele fez o gol da vitória no clássico com o Santos, no Allianz, por 2 a 1, resultado que manteve o time com 100% de aproveitamento no Campeonato Paulista.
“Fico muito feliz com o gol, foi uma jogada de recuperação. Mas, o mais importante foi a nossa vitória. Era uma partida grande”, disse o colombiano.
A jogada do gol, o segundo do Palmeiras, foi uma síntese do estilo de Borja. No início da etapa final, ele se enroscou na bola, ficou ajoelhado, conseguiu se reerguer e finalizou de cabeça erguida. Aí, fez sua festa, beijando uma bandeira da Colômbia que ganhou de um torcedor no estádio. Foi abraçado por todos os reservas e ganhou moral para continuar como titular.
Borja ampliou o placar que havia sido aberto pelo zagueiro Antonio Carlos, logo aos 2 minutos, que forma uma zaga improvável com Thiago Martins em um elenco cheio de estrelas. “Eu não sabia como comemorar o gol, mas com essa união, a gente pode ir longe”, disparou.
A vitória foi importante porque marcou o primeiro clássico do Palmeiras no torneio. O primeiro do gaúcho Roger Machado também. Até então, o time havia vencido apenas rivais medianos (Bragantino, Red Bull Brasil, Botafogo e Santo André). O aproveitamento de 100% (cinco jogos com cinco vitórias) começa a realçar as cores de favorito do Palmeiras.
“Não ganhamos nada. Vamos respeitar todo mundo, mas, se derem bobeira, nós vamos chegar”, avisa o goleiro Jailson. “Temos de manter os pés no chão”, completou Thiago Martins.
Obviamente é cedo para projeções, mas a tabela indica que o time tem boas chances de continuar invicto nas próximas rodadas (Mirassol e Linense). Depois, serão duas pedreiras: Ponte Preta (fora) e Corinthians.
O jogo marcou o reencontro de Lucas Lima com o Santos em seu primeiro clássico pelo Palmeiras. E ele reeditou suas belas atuações da época da Vila. Sua participação foi efetiva. Cobrou escanteios que levaram perigo e bateu falta que acertou a trave. Além disso, ele conduziu o Palmeiras como se vestisse a camisa 10 há anos. O Palmeiras joga no ritmo do seu coração e fôlego neste início. No fim do jogo, Lucas Lima viu a estreia de sua sombra (ou parceiro) na armação da equipe. Gustavo Scarpa entrou aos 40 do segundo. Jogou pouco.
O excelente começo de ano faz com que a comunhão com a torcida continue intacta, a mesma desde o ano passado. A partida recebeu o melhor público do Allianz Parque na temporada, com mais de 37 mil ingressos.
Reformulação. Muito mais limitado que o adversário, principalmente em termos de opções no banco de reservas, o Santos conseguiu equilibrar a partida em alguns momentos. O time da Vila Belmiro incomodou o rival quando diminuiu o marcador com Renato, no início do segundo tempo. Um detalhe: a bola havia saído pela linha de fundo antes do cruzamento de Daniel Guedes. A equipe está em reconstrução após as saídas de Ricardo Oliveira e do próprio Lucas Lima. Além disso, o time está sem Bruno Henrique, “uma referência técnica”, como diz o técnico Jair Ventura.
Ontem, o Santos terminou o jogo com seis jogadores jovens da base (Daniel Guedes, Robson Bambu, Caju, Alison, Arthur Gomes e Rodrygo). Estão verdes e isso também pesou.