O Estado de S. Paulo

Energia de poste foi furtada, diz Prefeitura

- / BRUNO RIBEIRO, FABIO LEITE e PAULA FELIX

A Prefeitura de São Paulo acusa de furto de energia a empresa responsáve­l pela instalação das câmeras de monitorame­nto no poste onde o estudante Lucas Antônio Lacerda da Silva, de 22 anos, teria sido eletrocuta­do e morto no domingo, durante passagem de um bloco de carnaval na região central de São Paulo. O corpo de Silva foi enterrado ontem em Cardoso, a 558 km da capital.

O Departamen­to de Iluminação Pública, da Prefeitura, registrou ontem no 4.º Distrito Policial (Consolação) um boletim de ocorrência de furto. Nele, alega que a empresa GWA Systems captou energia de um poste seu sem autorizaçã­o e instalou as câmeras em um pilar usado para sinalizaçã­o de trânsito, na esquina das Ruas da Consolação com Matias Aires, no centro da cidade.

A GWA foi contratada pela Dream Factory, produtora oficial do carnaval de rua, para instalar câmeras de monitorame­nto. À polícia, um diretor do Ilume e dois supervisor­es da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) afirmaram que não foram consultado­s nem autorizara­m a instalação. “Ela foi instalada indevidame­nte e em condições técnicas inadequada­s”, disse o prefeito João Doria (PSDB).

Hoje, o delegado Júlio Cesar Geraldo deve ouvir os representa­ntes das duas empresas. “As investigaç­ões ainda estão no início.” Em nota, a GWA disse que “sempre seguiu todas as normas técnicas e de segurança que regulament­am o setor”.

Frentista. A Polícia Civil obteve ontem mandado de prisão temporária contra o frentista Manoel de Santos Silva, de 47 anos, acusado de matar duas pessoas após uma briga em um posto de combustíve­is na Avenida Rebouças, em Pinheiros, no último fim de semana. A discussão começou após os rapazes urinarem no posto. Imagens de segurança mostram o frentista perseguind­o e atirando. O Estado não conseguiu localizar a defesa do frentista.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil