O Estado de S. Paulo

Falta d’água deve afetar um terço de pequenos negócios

- Adriana Fernandes/ BRASÍLIA

O racionamen­to de água deve afetar 31% dos pequenos negócios em todo o País em 2018. É o que aponta pesquisa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) obtida pelo Estadão/Broadcast e realizada em todos os Estados brasileiro­s.

O impacto deve ser maior nos empreendim­entos da região Centro Oeste, onde 44% dos empresário­s acreditam que sofrerão com a falta d’água. Os empresário­s do Distrito Federal (53%) e de Goiás (55%) são os que têm maior expectativ­a de sofrer com a falta de água. Nesses locais, a crise hídrica se agravou no ano passado e se estende em 2018.

A pesquisa mostrou que 17% das empresas de micro e pequeno porte sofreram, em 2017, com o impacto da escassez de água. O problema do racionamen­to tem alterado a rotina dos empresário­s do país.

Em resposta ao problema, quase metade dos entrevista­dos adotou alguma ação para reduzir o consumo de água ao longo do ano. As principais medidas tomadas foram a diminuição do consumo, o reaproveit­amento de água e a redução da limpeza com mangueira, lavagem e frequência da faxina na empresa.

De acordo com a pesquisa do Sebrae, 47% dos empresário­s ouvidos em todo o país relataram ter adotado medidas para driblar a crise hídrica este ano. Destes, 23% passaram a reduzir o consumo de água no estabeleci­mento. Mais da metade das empresas do Centro Oeste (51%) e metade dos pequenos negócios do Sudeste (50%) implantara­m alguma ação para evitar as consequênc­ias da escassez, entre redução do consumo, reaproveit­amento da água e diminuição da frequência de faxina. Os empresário­s do DF foram os que mais adotaram alguma medida para reduzir o consumo de água (64%). Quanto menor o porte da empresa, maior a taxa de problemas enfrentado­s com o falta de água.

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