Caixa monta grupo para estruturar venda de carteira
ACaixa Econômica Federal constituiu um grupo de trabalho para estruturar a venda de créditos ativos - ou seja, adimplentes. As conversas com possíveis alvos, no entanto, ainda não começaram. O banco teria feito apenas consultas informais. Primeiro, quer aparar as arestas da operação. A cautela da Caixa não é por acaso. O banco já tem questões suficientes para tratar com o Tribunal de Contas da União (TCU). Uma delas, inclusive, é a venda de carteiras de crédito, neste caso, vencidas e inadimplentes. O banco chegou a ceder R$ 24 bilhões em operações, mas, desde 2015, está impedido pelo TCU de seguir com a estratégia. Isso porque o órgão encontrou indícios de ilegalidade nas transações. » Plano B. Além disso, a venda de carteiras de créditos ativas é uma das alternativas para o banco público captar recursos. Sem o aval para vender até R$ 15 bilhões em bônus perpétuos para o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), a Caixa mira outros alvos para reforçar o seu capital. Procurado, o banco não comentou. » Tudo azul. O hotel Maksoud Plaza, próximo à Avenida Paulista, em São Paulo, espera alcançar neste ano seu quinto ano com números no azul. A projeção é de crescimento de 21% do faturamento, para R$ 75 milhões. Atualmente, a taxa de ocupação do hotel é de 73% e a área de eventos tem comemorado bons números. A cada mês são mais de 11,9 mil hóspedes, além de 9,667 mil pessoas que participam de eventos realizados nas 38 salas disponíveis para locação no hotel. » Cara nova. O hotel é gerido por Henry Maksoud Neto desde 2014, neto de Henry Maksoud, que inaugurou o empreendimento em 1979. O Maksoud Plaza chegou a ser leiloado, em 2011, para pagar dívidas trabalhistas, mas a sentença foi cancelada no final do ano passado e a propriedade do prédio foi mantida. Por meio de acordos, o número de processos trabalhistas do grupo caiu de 400 para 40.
» Carreira solo. A Empiricus, casa independente de análise de investimentos, decidiu seguir carreira solo na área de corretagem. A compra da corretora Uniletra por parte de alguns sócios da empresa esbarrou na auditoria das informações, processo conhecido como due dilligence.O plano B é iniciar o negócio do zero. A Empiricus não comentou.
» Vida que segue. Já a capixaba Uniletra, que completa cinco décadas neste exercício, nega que estivesse à venda. Pelo contrário, afirma estar à procura de ativos para crescer no Brasil e no exterior. Com R$ 100 milhões em patrimônio líquido e uma carteira de 2 milhões de clientes, o faturamento da corretora, que integra o mesmo grupo econômico da Dacasa Financeira, gira em torno de R$ 1 bilhão por ano. » Iluminada. A Makro está finalizando um investimento de R$ 60 milhões em um projeto de eficiência energética para obter uma economia de até 55% no consumo de energia, em todas as suas lojas, o correspondente a 17,5 mil megawatts-hora por ano. Em parceria com a EDP, a rede varejista vem modificando o sistema de iluminação de suas unidades e espera, com isso, diminuir os custos com eletricidade e também reduzir suas emissões. Pelos cálculos das empresas, mais de 1.431 toneladas de CO2 deixarão de ser lançadas na atmosfera por ano, o que corresponderia ao plantio de 11 mil árvores.
» Menos é mais. O lucro líquido recorde do Itaú Unibanco no ano passado, de cerca de R$ 24 bilhões, teve um impulso dos menores gastos do banco com calotes, as chamadas provisões para devedores duvidosos (PDDs). Somente nessa linha, o banco economizou mais de R$ 6,5 bilhões. Seu principal concorrente, o Bradesco, poderia ter seguido o mesmo caminho não fosse uma postura mais conservadora, segundo a agência de risco Austin Rating. » Travesseiro. Mesmo sem casos excepcionais tão maiores que os de seu par, a instituição acabou gastando cerca de R$ 900 milhões a mais do que no ano anterior para manter seu colchão para possíveis perdas. O Santander Brasil, em menor escala que o Itaú, também teve ajuda da queda das provisões no ano passado, de quase R$ 1,5 bilhão. A Austin considerou os resultados com ajustes dos bancos em 2017.