Andrés já tem problemas na mesa
Dirigente, que ainda vai completar uma semana no cargo, lida com denúncia de fraude na eleição do clube e processos que superam R$ 2,3 milhões
Enquanto o técnico Fábio Carille tenta pensar apenas no futebol, o presidente Andrés Sanchez já vive seus primeiros problemas no clube. Processo de ex-jogador e ídolo do clube, de promessa da base e até suspeita de fraude na eleição rondam a vida do dirigente, que completa amanhã uma semana no cargo.
Em meio às necessidades de acordos para quitar disputas jurídicas, Andrés vê seu cargo ameaçado. Derrotado na eleição para presidente, Paulo Garcia entrou com um processo alegando fraude no resultado do pleito. O empresário acionou na Justiça a Telemeeting Brasil, responsável pelo processo de votação da eleição corintiana.
A desconfiança se dá pelo fato de uma das urnas ter apresentado falha no sistema e travado durante a eleição, tendo sido necessária a reinicialização do aparelho. A suspeita é de que os votos feitos antes do problema técnico sumiram. O Estado entrou em contato com Garcia, mas ele disse que não poderia se manifestar, pois o processo corre em segredo de Justiça.
Já na parte financeira, o clube perdeu dois processos recentemente e terá de desembolsar algo em torno de R$ 2,3 milhões. O ex-zagueiro Chicão, que defendeu o Corinthians e entre 2008 e 2013, ganhou um processo no qual pedia o recebimento de direitos de arena (porcentagem que o atleta tem direito pelo televisionamento dos jogos) atrasados. Somando valor da dívida e os juros com Chicão, o
montante total é próximo de R$ 2 milhões.
Como perdeu em três instâncias no Tribunal Superior do Trabalho (TST), resta ao clube apelar no Superior Tribunal Federal (STF), mas a chance de reversão da pena é pequena.
Outro problema, esse de menor complicação financeira, envolve o atacante Carlinhos. O clube teve R$ 372.024,15 congelados de suas contas para quitar a dívida com o pai e um grupo de empresários, referente a 50% dos direitos do atleta que foi contratado quando defendia o Novorizontino.
Pelo acordo, o Corinthians deveria pagar R$ 500 mil aos empresários do atacante, mas foram pagos R$ 200 mil apenas. O Corinthians confirmou a dívida e não deve recorrer da decisão. O jogador não tem sido aproveitado pelo técnico Fábio Carille e hoje não ficará sequer no banco de reservas.