O Estado de S. Paulo

BC prevê nova norma para cartão de débito em março

- COM DAYANNE SOUSA

OBanco Central bateu o martelo e quer divulgar a nova regulament­ação para os cartões de débito na primeira semana de março ou, no máximo, até o final da primeira quinzena do mês que vem, concedendo um prazo de adaptação. A interferên­cia do regulador é uma ofensiva para baratear o custo do crédito no sistema financeiro, assim como já fez com o rotativo (na fatura do cartão), no ano passado, no âmbito da agenda BC+. O foco é estimular o maior uso do cartão de débito, principalm­ente em transações de cifras maiores. Para isso, o regulador deve estabelece­r limites para a chamada taxa de intercâmbi­o. Trata-se da parte da taxa de desconto ao lojista (MDR, na sigla em inglês) que fica com os bancos emissores de cartões e paga pelos adquirente­s. Também está de olho nas receitas das bandeiras de cartões, no intuito de baixar os ganhos do setor financeiro, impulsiona­r os meios eletrônico­s no País e, de quebra, beneficiar os consumidor­es a partir de uma maior concorrênc­ia no mercado.

» Desagradou. Há, contudo, muitos que se posicionam contra a decisão do regulador no setor de cartões. Consideram o passo a maior intervençã­o na história do BC. Procurado, o regulador informou que não há nada definido sobre a mudança no cartão de débito.

» Tête-à-tête. O CEO da seguradora francesa CNP Assurances, Frédéric Lavenir, esteve no Brasil essa semana. Entre seus compromiss­os, teve agenda com o presidente da Caixa Econômica Federal, Gilberto Occhi. Eles se encontrara­m quartafeir­a, 7, no Hotel Emiliano, em São Paulo, por conta da reunião do Conselho de Administra­ção da Caixa Seguros, empresa em que são sócios.

» Quente. A visita do francês ocorre em meio às negociaçõe­s da CNP coma Caixa para a constituiç­ão de uma nova joint venture em seguros. Depois de vários atrasos na conclusão de um novo contrato, que deve ser mais restrito que o atual, visto que o banco público está fazendo um leilão do seu balcão de seguros, a expectativ­a é de que o francês retorne ao Brasil no fim do mês para assinar, enfim, o acordo com o sócio brasileiro. Procurados, Caixa, Caixa Seguros e CNP não comentaram.

» Vai tu. Sem o empurrão de ‘influencia­dores’, como os youtubers, que não toparam ajudar a vender a reforma da Previdênci­a para os brasileiro­s, o governo emplacou a divulgação nos sites das entidades das instituiçõ­es financeira­s, como Febraban (bancos), Anbima (mercado de capitais), Abecip (crédito imobiliári­o) e Abecs (cartões). O banner “Todos pela reforma da Previdênci­a - Pro Brasil não quebrar” está estampado na capa dos sites. O problema é que o peixe está sendo vendido para quem já o comprou.

» Avante. A Advance Medical Group, que faz serviços de gestão de saúde, mira expandir sua operação no Brasil após o aporte de recursos do americano Summit Partners. Já no azul após três anos de atividade no País, espera que sua carteira de clientes salte de 350 mil para meio milhão de vidas em 2018. Ao oferecer opinião médica independen­te, a empresa busca diminuir reajustes dos planos de saúde de seus clientes. No Brasil, atende pesos pesados como Google, BR Foods, Renault, Nissan, Suzano, Fleury e Hospital Sírio-Libanês.

» Ligados. A SulAmérica fez uma aposta em saúde que já dá resultados em menos de um mês de vida. Alcançou a marca de 12 mil downloads do aplicativo de saúde Sharecare desde o lançamento. O aplicativo tem entre seus investidor­es a atriz e apresentad­ora Oprah Winfrey. O foco da ferramenta, aberta a todos os brasileiro­s, é estimular os usuários a adotarem um estilo de vida mais equilibrad­o. O app permite aos usuários descobrire­m se a sua idade cronológic­a correspond­e à idade real, além de acompanhar o nível de estresse com base nas alterações de voz.

» Agregando. A Rede D’Or São Luiz acaba de fechar a compra do UDI Hospital, no Maranhão. O UDI é a quinta aquisição do grupo no Nordeste, região onde a Rede D’Or começou a operar em 2007, após comprar hospitais de Pernambuco. Ao todo, a D’Or já tem 38 hospitais, que somam mais de 5 mil leitos. O negócio foi firmado por conta das sinergias e complement­aridades com instituiçõ­es do grupo na região.

» Nada decidido. O desfecho do leilão do prédio do Maksoud Plaza que ocorreu em 2011 e que foi arrematado pelos empresário­s Jussara Elaine Simões e Fernando Simões, da JSL, ainda não é conhecido. O caso segue em análise pelo Tribunal Superior do Trabalho de São Paulo. O Tribunal Regional do Trabalho chegou a reconhecer, em 2012, a validade do leilão, mas o relator do caso alterou seu voto, o julgamento foi retomado e a maioria decidiu pela anulação da sentença. Os ganhadores do leilão recorreram e os embargos de ambas as partes ainda aguardam decisão. No final do ano passado, o julgamento foi suspenso, depois de um ministro pedir vistas.

 ?? ANDRE DUSEK/ESTADÃO–14/10/2014 ??
ANDRE DUSEK/ESTADÃO–14/10/2014
 ?? RICARDO MORAES/REUTERS ??
RICARDO MORAES/REUTERS
 ?? ANDRE DUSEK/ESTADÃO - 9/1/2018 ??
ANDRE DUSEK/ESTADÃO - 9/1/2018

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil