ARTE desbravada
Visitamos o acervo de cinco instituições de arte de São Paulo. A seguir, você confere o que elas têm de melhor – com curiosidades sobre cada coleção e dicas de obras que merecem atenção especial
MAC USP
Dividido em três mostras de longa duração, o acervo dá uma boa noção dos percursos da arte moderna e contemporânea aqui e lá fora. Assim, vale dedicar um turno completo à visita – ou, então, fazer mais de um tour. Nas exposições, dá para ver, por exemplo, diálogos entre retratos de Anita Malfatti e Marc Chagall – representantes da primeira metade do século 20. Da segunda metade, destaque para obras de nomes como Mira Schendel e Waldemar Cordeiro. E, do século atual, despontam trabalhos de Louise Bourgeois e Marina Abramovich. Av. Pedro Álvares Cabral, 1.301, Ibirapuera, 2648-0254. 10h/ 18h (3ª, 10h/21h; fecha 2ª). Grátis.
➨ Apesar das pequenas proporções, ‘Figuras’ (foto), de Pablo
Picasso, prende logo a atenção. De 1945, a obra revela a aproximação do artista com o surrealismo. %Hermes File Info:-8:20180209:YYQ::
➨ Traços exagerados marcam ‘Torso/Ritmo’ (1915), de Anita Malfatti’; ‘O Beijo’ (1923), de Di Cavalcanti’; e ‘Figura’ (1927), de Ismael Nery. Entre as primeiras obras expostas, essas três pinturas de corpo humano não apenas revelam a influência de movimentos modernos europeus (como o expressionismo), mas também dão indícios de como produções posteriores se afastariam ainda mais do realismo. Continuando pelo museu, é possível observar, pouco a pouco, esse processo – até mesmo em esculturas, como ‘Implacável’ (1947), de Maria Martins. Aliás, de expoentes do abstracionismo, vale observar ‘Composição Clara’ (1942), de Kandinsky.
➨ Alguns museus cederam telas de Tarsila do Amaral para uma mostra em cartaz no MoMA. ‘Estrada de Ferro Central do Brasil’ (foto), porém, continua no MAC USP.