FUNDAÇÃO EMA KLABIN
Entre 1940 e 1990, a empresária Ema Gordon Klabin (1907-1994) formou uma coleção que abrange mais de três mil anos de história da arte. Entre pinturas, esculturas e artes decorativas de diferentes civilizações, mais de 1.500 peças ocupam sua antiga residência – que foi transformada, em 1978, em uma fundação.
Ao entrar em cada cômodo da casa, o visitante se surpreende com diferentes “preciosidades” e histórias que as envolvem – por
➨ Na sala de piano (instrumento tocado por amigos de Ema, como João Carlos Martins), há duas obras de Marc Chagall: ‘No Campo’, de 1925, e ‘Noivos com Trenó e Galo Vermelho’ (foto), de 1957. Elas estão no cômodo dedicado à música em uma referência às pinturas do artista na Ópera de Paris, frequentada pela colecionadora.
isso, uma boa ideia é solicitar informações a um educador do local. Na sala de visitas (foto), por exemplo, há cinco objetos de bronze criados na China entre os séculos 13 e 12 a.C. Já no quarto de Ema, entre diversas pinturas modernistas, um nicho conta com belas peças da Antiguidade Clássica, como uma escultura de pedra com a cabeça de Zeus. R. Portugal, 43, Jd. Europa, 3897-3232. 14h/18h (fecha 2ª e 3ª). R$ 10 (sáb., dom. e fer., grátis).
➨ O acervo da fundação conta com várias pinturas italianas produzidas entre os séculos 16 e 18. Datada da década de 1760, ‘Retrato de Dama como Diana Caçadora’ (foto), de Pompeo Batoni, ganha ares especiais quando descobrimos que era uma das favoritas de Ema. O gosto da empresária pela obra fez com que ela encomendasse um retrato seu em trajes semelhantes ao da tela. Incorporado à coleção em 1951, o trabalho de óleo sobre tela traz referências à mitologia pagã – motivo em voga nos retratos históricos dos anos setecentos. Da mesma época, repare na obra ‘A Recusa de Arquimedes’, de Sebastino Ricci.
➨ Quem entra no quarto de hóspedes pode presumir que Ema gostava de receber muito bem seus convidados – em uma das paredes, encontra-se a obra ‘Rio de Janeiro’, pintada por Tarsila do Amaral em 1923.