O Estado de S. Paulo

FUNDAÇÃO MARIA LUISA E OSCAR AMERICANO

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Após a morte de sua mulher, Maria Luisa, o engenheiro Oscar Americano doou à cidade de São Paulo a casa da família e a coleção de arte nela presente, que ficaram acessíveis ao público a partir de 1980.

Diferentem­ente da Fundação Ema Klabin, as obras do acervo não ficam necessaria­mente expostas do mesmo modo de quando a residência era habitada. Boa parte dos (elegantes) cômodos foi adaptada para ganhar ares de galeria. Entre pinturas, esculturas, mobiliário, prataria, porcelana e tapeçaria, o acervo contempla os períodos colonial e imperial, além de parte do modernismo brasileiro.

Após visitar as obras, vale aproveitar o jardim da residência – que é, na verdade, um parque de 75 mil m2. Av. Morumbi, 4.077, Morumbi, 3742-0077. 10h/17h30 (fecha 2ª). R$ 10 (sáb., grátis).

➨ Nos primeiros espaços da residência, o visitante se depara com uma série de obras do período

colonial brasileiro. Entre elas, destacam-se produções do holandês Frans Post (1612-1680), nome pioneiro no retrato de nossas paisagens. Aliás, em uma única parede da sala de jantar, há seis pinturas de sua autoria. Já do

período imperial, há uma sala apenas com litografia­s e aquarelas que retratam figuras da família real. Félix Émile Taunay (1795-1881), segundo barão de Taunay, é um dos artistas que se dedicaram à produção desses retratos.

➨ Uma Pietá de terracota (foto) produzida em 1955 por Victor Brecheret é uma das esculturas que mais se destacam na residência. Do mesmo artista, há também um belo crucifixo de bronze, do mesmo ano. Outra peça que chama a atenção é ‘Os Jovens (Estudo)’, criada por Bruno Giorgi em 1944. Essas obras dividem espaço com uma série de pinturas criadas por nomes renomados do modernismo brasileiro.

➨ Três pinturas de Candido Portinari – ‘Menino com Arapuca’ (1959), ‘Favela com Músicos’ (1957) e ‘Meninos e Piões’ (1959) – talvez sejam o ponto alto da seção dedicada ao modernismo

brasileiro, que conta com obras adquiridas entre 1950 e 1970. Na mesma sala em que as pinturas estão expostas, também merecem atenção trabalhos como ‘Campos do Jordão’ (1942), de Lasar Segall, e ‘Cais’ (1955), de Di Cavalcanti (foto).

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