O Estado de S. Paulo

TRÊS PERGUNTAS PARA...

Pablo Furlan, campeão mundial juvenil de atletismo nos 100m

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1. Você tem 17 anos e já foi campeão mundial. Como o camping no CT o ajudou? Foi muito legal, uma grande oportunida­de e uma ótima iniciativa do CPB. Apesar de eu já estar sempre competindo com adultos no alto rendimento, foi importante ver como os atletas da seleção treinam no alto rendimento, trabalhand­o em dois períodos. E é sempre importante estar com os atletas da nossa idade. Isso faz a gente crescer e evoluir cada vez mais. E lá aprendemos como o atleta precisa ter responsabi­lidade.

2. Como atleta da classe de baixa visão, quais foram suas maiores barreiras? Graças a Deus minha mãe sempre me tratou como uma pessoa normal e nunca me escondeu. Muitas mães acabam escondendo em casa as crianças com deficiênci­a que poderiam estar praticando o futebol e o atletismo. A minha maior dificuldad­e foi na escola. Quando entrei na 1.ª série, disseram que eu não poderia ler e escrever pela minha deficiênci­a, mas minha mãe ‘bateu o pé’, aumentou as letras e eu aprendi a ler e escrever.

3. Qual peso este projeto do CPB tem para o futuro paralímpic­o do Brasil? Vai ser muito importante, pois vai cuidar mais da base e, quando chegar mais futurament­e, eles (do comitê) terão um controle mais específico sobre alguns e vão fazer os atletas evoluírem mais rápido, formando novos campeões. Hoje, no esporte paralímpic­o, o Brasil já é uma potência e o atletismo do País também é. Fui campeão mundial no ano passado, na Suíça, e o meu objetivo agora é estar na Paralimpía­da de Tóquio.

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