O Estado de S. Paulo

Polícia de Israel pede que Bibi seja indiciado

- JERUSALÉM

Os policiais que apuram casos de corrupção envolvendo o primeiro-ministro do Israel, Binyamin Netanyahu, recomendar­am ontem que a Procurador­iaGeral indicie o premiê em duas investigaç­ões. Netanyahu, que nega as acusações, disse que continuará “a liderar Israel”, em meio a pressões de opositores por sua renúncia.

A polícia pediu o indiciamen­to por um caso que envolve o recebiment­o de presentes – em um valor equivalent­e a US$ 280 mil – de um produtor de cinema de Hollywood e de um empresário australian­o. O outro caso é relacionad­o a conversas que Netanyahu teria tido com o diretor do maior jornal do país, Yedioth Ahronoth, sobre limitar a competição no setor de imprensa em troca de uma cobertura positiva.

A polícia pode apenas fazer uma recomendaç­ão pelo indiciamen­to de Netanyahu – a decisão sobre a acusação final cabe ao procurador-geral de Israel, Avichai Mandelblit. Se o premiê for formalment­e acusado, sua permanênci­a no cargo corre risco.

Netanyahu respondeu minutos depois de a polícia se pronunciar. “Essas recomendaç­ões não têm nenhum valor jurídico em um país democrátic­o”, declarou na TV israelense o primeiro-ministro. Seu antecessor, Ehud Olmert, renunciou em setembro de 2008 após a polícia recomendar seu indiciamen­to por corrupção, lavagem de dinheiro e fraude.

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