Mapfre e Qualicorp apostam no ‘Uber da saúde’
Aseguradora espanhola Mapfre e a Qualicorp estão avançando em uma alternativa de plano de saúde para o mercado corporativo. A nova solução, que promete ser o “Uber” da saúde privada, será revelada em breve após atrasos que adiaram o lançamento, anteriormente previsto para o ano passado. Por ora, a proposta segue trancada a sete chaves. Promete, porém, ser revolucionária no setor de saúde, que enfrenta desafios para equilibrar as contas, já que a inflação médica supera a oficial ano após ano. Como inspiração, Mapfre e Qualicorp teriam usado o aplicativo de mobilidade Uber e o serviço online de acomodações Airbnb. Totalmente digital, o foco da nova solução é vender atendimento e não uma rede, evitando que os usuários fiquem perdidos nos tradicionais livrinhos. » Pontapé. Do lado da Qualicorp, a parceria tem apoio de subsidiárias do grupo como a operadora Gama Saúde e ainda empresas de conectividade como a Medlink e a Connectmed. Já a Mapfre iniciou uma operação em saúde há cerca de três anos, mas não deslanchou. A crise veio na sequência e diminuiu o apetite da espanhola, que ficou apenas com os os próprios funcionários em sua carteira de saúde no Brasil. Mapfre e Qualicorp não comentaram. » Do outro lado. A ex-diretora executiva do Banco Espírito Santo de Investimento no País, atual Haitong Brasil, Mércia Carmeline, acaba de assumir como uma das três principais sócias do escritório Filhorini, Blanco e Carmeline, que passou a incorporar seu sobrenome. Ela responderá pelas áreas societária, bancária, de infraestrutura, mercado de capitais, compliance e outras.
» Aquecido. Países emergentes captaram em janeiro um volume 33% maior de recursos no exterior, com emissão de títulos de dívida (bônus) para investidores estrangeiros, sinalizando o reaquecimento dessas economias. A cifra chegou a US$ 100,6 bilhões no primeiro mês de 2018 ante US$ 75,4 bilhões em um ano, segundo dados da Dealogic. O mês é tradicionalmente um dos mais agitados nesse mercado, quando os investidores estão compondo suas carteiras para o ano. A China respondeu por 22% das operações, com R$ 22,5 bilhões em bônus emitidos em janeiro.
» Dois mundos. O número de carteiras de assessores de investimentos ligadas a bancos é o dobro dos independentes, de acordo com a fintech SmartBrain, que reúne dados de investimentos. O valor de ativos sob gestão também é diferente nesses dois mundos. Em média, os assessores ligados a bancos administram R$ 127,24 milhões, com uma carteira média por cliente de R$ 7,48 milhões, ao passo que nos independentes a cifra é de R$ 32,94 milhões, com uma carteira média por cliente de R$ 2,94 milhões. » Ameaça cara. Os crimes cibernéticos podem causar prejuízos de até US$ 8 trilhões para empresas no mundo todo nos próximos 5 anos. Os cálculos constam de estudo do World Economic Forum (WEF), com o apoio da seguradora suíça Zurich. O montante equivale ao Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido, França e Alemanha juntos.
» Prevenir, prevenir. A saída para conter a escala dos custos é a adoção de medidas que incorporem o risco cibernético no dia a dia das organizações, segundo a corretora de seguros Aon. Para 2018, a consultoria prevê uma exposição ainda maior do mundo corporativo por conta da convergência de três tendências: maior dependência da tecnologia nas empresas; foco intensificado das agências reguladoras em proteger dados dos consumidores e o valor crescente de ativos intangíveis.
» Mamma mia. A Azimut, maior gestora independente de recursos italiana, está de olho em novas aquisições para expandir sua operação no Brasil. Depois de dobrar seus ativos sob gestão em 2017, para mais de R$ 4 bilhões, o braço de wealth management, que consolidou a FuturaInvest e a LFI no País, espera alcançar R$ 6,5 bilhões neste ano. » Ti voglio. Do lado orgânico, a gestora, comandada no Brasil por Antonio Costa (foto) e que até então priorizava investidores com mais de R$ 1 milhão ou R$ 10 milhões disponíveis, ampliou o seu escopo. Mira, agora, clientes com capacidade de investimento abaixo de R$ 1 milhão. O salto para esse público deve ocorrer com o lançamento, no fim deste mês, de contas digitais, aquecendo a disputa nesse segmento.