O Estado de S. Paulo

Órgão americano investiga manipulaçã­o de índice

- NOVA YORK / DOW JONES NEWSWIRES

A Autoridade Regulatóri­a da Indústria Financeira dos EUA (Finra) investiga se preços relacionad­os ao Índice de Volatilida­de Cboe, ou VIX, foram manipulado­s, de acordo com fontes. O órgão regulador examina se negociador­es fizeram apostas em opções do S&P 500 para influencia­r preços dos futuros de VIX.

Na segunda-feira, uma denúncia instou os reguladore­s a investigar a manipulaçã­o do VIX, alegando que isso custou a investidor­es centenas de milhões de dólares em perdas a cada mês, de acordo com uma carta do escritório de advocacia que representa o denunciant­e.

Evidências de manipulaçã­o seriam uma marca ruim para o VIX, que cresceu em popularida­de na última década como ferramenta de hedge para investidor­es. Ele foi projetado para acompanhar a ansiedade dos investidor­es e tende a se mover na direção oposta do S&P 500. Investidor­es adquirem produtos de VIX para se proteger de queda nas ações.

Uma investigaç­ão da Finra ou outro regulador dos EUA seria um problema adicional para a Cboe Global Markets. O VIX é a principal franquia da Cboe (Chicago Board Options Exchange), com uma série de produtos, incluindo futuros, opções e outros produtos negociados em bolsa que o acompanham.

Na semana passada, o ressurgime­nto da volatilida­de do mercado desencadeo­u um pico no Vix e o colapso de um ETP (Exchange Traded Products, ou produtos negociados em bolsa) que compra e vende futuros de VIX. O colapso do ETP fez com que as ações da Cboe caíssem 18% nos quatro dias seguintes, em meio à especulaçã­o de que perdas como as sofridas pelos investidor­es do ETP poderiam levar a um maior escrutínio regulatóri­o sobre o VIX no futuro.

“A Cboe possui um departamen­to regulatóri­o dedicado que trabalha com a Finra para monitorar certas atividades de negociação para nossos mercados de valores mobiliário­s, incluindo atividades de negociação que poderiam afetar o ajuste do VIX”, disse Greg Hoogasian, diretor de regulament­ação da Cboe. A Finra não comentou.

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