O Estado de S. Paulo

Frente a Frente com obras de Gustav Klimt

Esta é a homenagem que o Museu de História da Arte de Viena faz ao artista austríaco nos 100 anos de sua morte

- Iera Herranz / / TRADUÇÃO DE TEREZINHA MARTINO

Deixar o público frente a frente com várias obras de Gustav Klimt que, penduradas a 12 m de altura, passam despercebi­das da maioria das pessoas, esta é a homenagem que o Museu de História da Arte de Viena dedica a partir desta semana ao autor de O Beijo, nos 100 anos de sua morte, completado­s dia 6.

“Muitos visitantes vão ao museu e se surpreende­m ao saber que temos 13 obras de Klimt no alto da escadaria”, afirmou Sabine Haag, diretora do museu. Para trazê-las para mais perto do visitante, a pinacoteca instalou uma passagem elevada que, até 12 de setembro, permite ficar literalmen­te frente a frente com as obras de Klimt (1862-1918).

As pinturas adornam os espaços entre os arcos e as colunas ao redor da escadaria principal do edifício. As imagens são um exemplo claro da primeira fase de Klimt, precursora­s do que foi o Jugendstil, que foi o Modernismo vienense liderado pelo pintor. As figuras masculinas e femininas são representa­das de modo realista, mas repletas de símbolos. Nessas pinturas predominam cores quentes e alguns toques de dourado, que foi depois marca caracterís­tica da obra de Klimt.

O estúdio do artista, que ele montou com seu irmão mais novo Ernst e seu companheir­o de estudos Franz Match – recebeu a encomenda pouco mais de um ano depois, em 1890.

Seis meses antes da abertura do museu, inaugurado em outubro de 1891, os quadros foram colocados nas paredes. E, por mais de 120 anos passaram despercebi­dos de muitos visitantes e nunca precisaram ser restaurado­s. “É uma das coisas que tornam essas obras muito especiais. Tantos anos depois e estão em perfeito estado”, afirmou a diretora do museu.

Já em 2012, em comemoraçã­o do 150.º aniversári­o de nascimento do pintor, o museu montou a mesma estrutura aberta ao público durante três meses com enorme sucesso. “Turistas do mundo inteiro vieram ao museu para ver essas obras de perto. Muitas vezes nos perguntara­m quando voltaríamo­s a fazer a mesma exposição e aqui ela está”, disse ela.

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JOE KLAMAR/AFP Visitante. Passagem elevada ajuda a ver as obras de perto

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