Secretário de Segurança pede exoneração logo após decreto
Roberto Sá deixa cargo após a intervenção; entidades da Polícia Civil comemoram, mas PM e bombeiros têm ressalvas
O delegado federal Roberto Sá pediu exoneração do cargo de secretário de Segurança do Rio logo após o presidente Michel Temer assinar o decreto de intervenção na setor no Estado. Sá protocolou o pedido na Secretaria de Casa Civil e Desenvolvimento Econômico às 17 horas, segundo a pasta divulgou no Twitter. Àquela altura, o governador Luiz Fernando Pezão ainda estava em Brasília.
De manhã, Sá já havia colocado o cargo à disposição. Com o comandante da Polícia Militar, Wolney Dias, e representantes dos bombeiros e da secretaria da Administração Penitenciária, ele se reuniu com Pezão, no Palácio Laranjeiras. O governador comunicou a intervenção, que, na prática, resultaria no afastamento de Sá.
“Fui o criador do RAS (Regime Adicional de Serviço), do sistema de metas, das RISP (Regiões Integradas de Segurança Pública) e um dos precursores das UPPs (Unidade de Polícia Pacificadora)”, disse à TV Globo. “Acabou o dinheiro e a gente continuou até porque o Rio merecia.”
Entidades. A intervenção foi bem recebida por entidades da Polícia Civil. “Ainda não vi o plano de segurança que o governo federal quer implementar e só posso avaliar depois que analisar, mas qualquer mudança nesse momento é bem-vinda”, afirmou Rafael Barcia, presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Rio (Sindelpol-RJ). Para ele, não há risco de insubordinação entre os delegados. Nas categorias dos policiais militares e dos bombeiros, porém, houve críticas à medida.
“Fui o criador do Regime Adicional de Serviço, do sistema de metas, das Regiões Integradas de Segurança Pública e um dos precursores das UPPs. Só que acabou o dinheiro e a gente continuou, até porque o Rio merecia.” Roberto Sá
EX-SECRETÁRIO DE SEGURANÇA