O Estado de S. Paulo

Secretário­s de SP, MG e ES pedem reunião

- Vera Rosa Fabio Serapião / BRASÍLIA Facebook. Curta a página de Metrópole facebook.com/metropolee­stadao

O ministro da Justiça, Torquato Jardim, marcou uma reunião com os secretário­s de Segurança Pública de Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo para a próxima quinta-feira. O encontro foi pedido pelo secretário de Segurança de Minas, Sérgio Barboza Menezes, que manifestou a preocupaçã­o dos três Estados com os efeitos colaterais do decreto de intervençã­o no Estado do Rio de Janeiro, assinado ontem pelo presidente Michel Temer.

Torquato informou que os secretário­s estão apreensivo­s com a possibilid­ade de fuga de criminosos do Rio para Estados vizinhos e solicitara­m a reunião justamente para abordar o problema, com o objetivo de saber quais medidas preventiva­s podem ser tomadas.

O decreto assinado por Temer prevê que as Forças Armadas assumirão o controle da segurança pública no Rio até 31 de dezembro. “O crime organizado é uma metástase que se espalha pelo País”, afirmou o presidente.

Reforço. Em meio à intervençã­o federal na Segurança Pública do Rio, a Polícia Federal vai começar, na semana que vem, a recrutar policiais federais para integrar uma equipe de operação de inteligênc­ia no Estado. A ação, batizada de União Rio, pretende integrar as informaçõe­s de inteligênc­ia produzidas pelas forças de segurança com foco no combate ao tráfico de drogas, armas e roubo de carga. Além da PF, a Agência Brasileira de Inteligênc­ia (Abin), as Polícias Militar e Civil do Rio, a Polícia Rodoviária Federal e as Forças Armadas vão indicar nomes para a União Rio.

O grupo formado por esses agentes terá sede na Superinten­dência da PF no Estado, em uma central de controle de informaçõe­s de inteligênc­ia. Somente da PF serão 30 policiais com atuação exclusiva. A operação terá como chefe o delegado Júlio César Baida Filho.

O objetivo da União Rio é promover o compartilh­amento de informaçõe­s de inteligênc­ia desses órgãos de segurança do Estado para subsidiar operações da PF contra o crime organizado. A União Rio não ficará subordinad­a ao comando militar do general Walter Braga Netto, indicado como intervento­r pelo governo federal, mas terá sua atuação voltada a dar suporte às ações de combate ao crime organizado patrocinad­as por ele.

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