Brasileiro termina prova e celebra: ‘Surreal estar aqui’
Victor Santos, revelado em projeto social de São Paulo, chega em 110º lugar nos 15 km do esqui cross-country livre
“Tenho muito a evoluir, só treino para valer há dois anos. Foi surreal estar aqui. Falo para os garotos que, se você tiver oportunidade na vida, tem de agarrar a chance.” Foi assim, com semblante de cansaço, mas satisfeito com o seu 110.º lugar entre 118 competidores na prova do esqui cross-country estilo livre de 15 quilômetros, que o brasileiro Victor Santos avaliou sua participação na disputa dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pyeongchang, na Coreia do Sul.
Antes de Victor ir para a neve, a brasileira Jaqueline Mourão havia sido a 74.ª colocada na prova dos 10km livre do esqui cross-country. Ainda ontem, Michel Macedo desistiu de participar da prova de Super G do esqui alpino por causa de dores no joelho esquerdo. Ele ainda está inscrito em duas outras provas nos Jogos de Inverno, no Slalom Gigante, marcada para hoje, e no Slalom Especial, que deve acontecer na quarta.
Dos 118 que iniciaram a prova disputada por Victor Santos, 116 conseguiram completá-la. Logo após a chegada, o brasileiro conversou com o canal SporTV. Ele cruzou a linha final em 47min09s9, mais de 13 minutos depois do suíço Dario Cologna vencer a competição com o tempo de 33min43s9 – foi sua quarta medalha de ouro olímpica.
A prata ficou com o norueguês Simen Hegstad Krüger, que nesta edição dos Jogos ficou com o ouro no esqui crosscountry skiathlon de 30 km. O bronze foi para Denis Spitsov, um dos atletas russos liberados pelo Comitê Olímpico Internacional a competir sob bandeira neutra na Coreia do Sul.
Victor surgiu para os esportes de inverno por meio do projeto social Ski na Rua. A iniciativa, com foco em jovens da São Remo, favela localizada nas proximidades da Cidade Universitária, em São Paulo, permite que jovens pratiquem esqui no asfalto. O atleta, de 20 anos, trabalhou como flanelinha e empacotador de supermercados.
Tonga. Conhecido por aparecer “besuntado” de óleo na abertura dos Jogos do Rio-2016 e repetir a dose em Pyeongchang2018, o atleta de Tonga Pita Taufatofua também competiu e terminou em 114.º, com 56m41s.