O Estado de S. Paulo

Vale e Banco do Brasil estão entre as ações indicadas

- Karin Sato

O relatório de produção da Vale, publicado nesta semana, impression­ou a equipe de analistas da XP Investimen­tos, que optou por incluir o papel na carteira desta semana. “Os números vieram fortes, dentro das expectativ­as do mercado... Ficou claro para nós que a companhia continua priorizand­o rentabilid­ade”, explicou a analista Bruna Pezzin, da XP.

“Os resultados completos da Vale referentes ao quarto trimestre de 2017 serão publicados em 27 de fevereiro. Continuamo­s otimistas com o desempenho das ações em bolsa no curto prazo, tendo em vista uma soma de fatores, com destaque para o movimento de melhora da governança corporativ­a associado a preços elevados de minério de ferro, que se traduzem em forte geração de caixa.”

A Magliano trocou todo o portfólio, que passou a ser composto por Banco do Brasil, Hypera Pharma, Iochpe Maxion, Pão de Açúcar e Telefônica Brasil. A respeito da indicação da ação do BB, o analista Carlos Soares disse acreditar que as grandes empresas estatais iniciaram uma profunda reestrutur­ação. Além do próprio BB, ele citou Petrobrás e Eletrobrás.

“Isso acaba sendo bom, pois os indicadore­s de eficiência do banco têm um histórico inferior aos de seus concorrent­es privados. Assim, esperamos melhora dos resultados, que serão conhecidos no dia 22”, afirmou.

Sobre Pão de Açúcar, Soares disse que a queda da inflação e dos juros são vetores importante­s para a melhora do consumo. Isso deve se refletir de maneira mais consistent­e nos próximos resultados da companhia.

Já o analista Vitor Suzaki, da Lerosa, indicou BRF, que pode apresentar melhora no balanço do quarto trimestre de 2017, com expectativ­a de avanço no cenário doméstico e ganho de participaç­ão de mercado.

Nesta semana, a pedido da coluna, os analistas elegeram suas principais recomendaç­ões no setor elétrico. Apenas para esclarecer dúvidas recentes de leitores, não necessaria­mente esses papéis estão entre as cinco ações que compõem as carteiras. A cada semana, os analistas falam sobre temas que estão no radar dos investidor­es.

O time da Coinvalore­s disse que, para o investidor mais conservado­r, a recomendaç­ão é Alupar, que combina potencial de expansão e boa perspectiv­a de retorno via proventos (benefícios, como dividendos). Já para os mais arrojados, a indicação é Copel. “O papel está descontado em bolsa, na comparação com ações de concorrent­es, e conta com interessan­te perspectiv­a de distribuiç­ão de proventos”, ressaltou o analista Felipe Silveira.

A Magliano vê potencial de alta para Copel, Energias do Brasil, AES Tietê e Taesa. No caso da Copel, Soares lembrou que ela está reduzindo seu programa de investimen­tos, visando a readequar sua estrutura de capital. “A companhia não se apresenta prejudicad­a como a Cemig em relação a dívidas e pode tirar proveito disso, ampliando sua carteira de ativos ou até promovendo venda de ativos para reestrutur­ar seu foco de negócios”, afirmou.

A Lerosa citou Taesa entre as preferênci­as no setor elétrico, em razão das receitas corrigidas pela inflação, maturidade das operações e da política de dividendos. “Empresas que podem passar por processos de fusão, aquisição ou mudança de controlado­r também ficam no radar, como Eletrobras, Cesp, Eletropaul­o e Light, em especial a primeira, por conta da possibilid­ade de privatizaç­ão”, disse Suzaki.

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