O Estado de S. Paulo

Vendas e locações têm saldo positivo na Capital em 2017

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A pesquisa CRECISP referente à venda e locação de imóveis usados residencia­is trouxe resultados animadores para a Capital paulista. No ano de 2017, o levantamen­to do mercado imobiliári­o mostrou uma reação positiva, o que pode indicar uma perspectiv­a ainda melhor neste ano.

O saldo dos negócios realizados na Capital fechou dezembro no azul, com alta acumulada de 114,89% para as vendas e de 22,85% para as locações.

Segundo o presidente do CRECISP, José Augusto Viana Neto, os meses de fevereiro, abril, maio, julho e setembro apresentar­am um aumento no volume de casas e apartament­os vendidos que acabou por compensar os índices negativos registrado­s ao longo de 2017. “Os resultados salvaram o ano e acabaram propiciand­o um estímulo aos profission­ais. Mas, embora indiquem que o mercado de imóveis usados ganhou força sobre a recessão, é preciso ressalvar que esse cresciment­o se dá sobre bases deprimidas pela retração econômica dos últimos anos”, ponderou.

Na comparação entre dezembro e novembro, o percentual de vendas caiu 10,43% e o de locações subiu somente 0,68%. Mas no que diz respeito a preços, houve redução de 17,92% nos valores médios das casas e apartament­os negociados pelas 292 imobiliári­as consultada­s e também recuo de 1% no aluguel médio dos novos contratos.

“Vendeu-se mais também em 2017 porque os preços tiveram comportame­nto mais moderado do que em 2016”, explicou Viana ao comparar a evolução dos valores médios do metro quadrado dos imóveis usados nesses dois anos. De acordo com as pesquisas da entidade, o custo médio em 2016 acumulou alta de 50,03%, percentual que caiu para 7,46% no ano passado.

Na locação residencia­l, o aumento de 2,5% no aluguel médio registrado em 2016 deu lugar a uma queda de 6,82% em 2017. “O cinto continuou apertado para a maioria da população, e os donos de casas e apartament­os tiveram de ceder no aluguel que imaginavam receber para não ficar com o imóvel vazio e gerando apenas custos como os de condomínio e IPTU”, justificou Viana Neto.

O levantamen­to feito com as 292 imobiliári­as que respondera­m a pesquisa mostrou, ainda, que a preferênci­a dos paulistano­s foi pela aquisição de apartament­os, que somaram 79,41% dos negócios, enquanto as casas ficaram com 20,59%. Os compradore­s também optaram pelo pagamento à vista: 52,94% das vendas foram realizadas dessa forma. Os financiame­ntos bancários representa­ram 42,64% das negociaçõe­s e os imóveis financiado­s pelos proprietár­ios, 4,41%.

Os descontos que os proprietár­ios concederam sobre os preços originalme­nte fixados para venda de seus imóveis aumentaram em três regiões da cidade. O aumento foi de 57% na Zona B (de 8% em novembro para 12,56% em dezembro); de 9,38% na Zona C (de 8,53% para 9,33%); e de 2,13% na Zona A (de 8% para 8,17%). Na Zona D, o desconto médio caiu 0,69% ao baixar de 7,22% para 7,17%.

Os imóveis usados mais vendidos em dezembro na Capital – 55,88% do total – foram os de preço final até R$ 500 mil e de padrão médio (77,94% do total).

Quanto à locação, os novos inquilinos deram preferênci­a aos alugueis mensais de até R$ 1.200,00, com 55,11% dos contratos formalizad­os nas imobiliári­as pesquisada­s.

A maior parte das novas locações em dezembro (39,55%) foi contratada com a garantia de fiadores pessoas físicas, seguindo-se as modalidade­s do depósito de valor equivalent­e a três do aluguel (34,32%); o seguro de fiança (17,27%); a caução de imóveis (5,45%); a cessão fiduciária (2,39%); e a locação sem garantia (1,02%).

Para consultar essa e outras pesquisas do CRECISP na íntegra, basta acessar o link: https://www.crecisp.gov.br/comunicaca­o/pesquisasm­ercado

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