Presidente perdeu chance de liderar esforço anti-Rússia
Depois do indiciamento de 13 cidadãos russos e de três empresas pela interferência na eleição de 2016, a primeira reação do presidente Donald Trump foi a de se eximir de culpa. “A campanha de Trump não fez nada errado – não houve conluio”, escreveu no Twitter. Mas o indiciamento ressalta uma questão mais ampla: a de que a Rússia está envolvida em uma guerra virtual contra os EUA por meio das ferramentas do século 21, a desinformação e a propaganda. E esta é uma guerra que os americanos estão travando sem um comandante-chefe.
Em 13 meses na Casa Branca, Trump fez pouco ou nenhum esforço para unir o país, enfrentar Moscou ou para defender as instituições democráticas contra a interferência russa. “É impressionante que um presidente tenha enfrentado uma situação como essa de forma tão leve ou tenha visto o caso apenas pelo prisma do partidarismo doméstico”, disse Daniel Fried, ex-diplomata de carreira.
Michael McFaul, ex-embaixador em Moscou, disse que a reação de Trump aos indiciamentos foi “fraca” e cobrou uma crítica ao presidente russo, Vladimir Putin, por ter violado a soberania americana. “Em vez disso, ele (Trump) só pensa na própria campanha”, disse McFaul. “Os EUA foram atacados e nosso comandante-chefe não diz nada.”