O Estado de S. Paulo

Atirador da Flórida foi interrogad­o em 2016

Agência de serviço social do Estado determinou que Nikolas Cruz tinha baixo risco de se ferir ou machucar outras pessoas

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Uma agência de serviço social da Flórida conduziu uma investigaç­ão sobre Nikolas Cruz, autor do massacre na semana passada em uma escola de ensino médio do Estado. As autoridade­s foram alertadas um ano e meio atrás, depois de ele apresentar comportame­nto problemáti­co, segundo relatórios do Estado.

O Departamen­to de Crianças e Famílias da Flórida foi informado sobre Cruz depois de ele publicar, em setembro de 2016, imagens no aplicativo Snapchat nas quais aparecia cortando os próprios braços e expressava interesse em comprar uma arma, segundo a investigaç­ão.

Depois de visitar e questionar o jovem em sua casa, porém, os agentes determinar­am que ele apresentav­a baixo risco de se machucar ou infligir danos a outras pessoas. A automutila­ção teria sido causada pela frustração causada pelo fim de um relacionam­ento amoroso.

Além disso, a análise concluiu que a avaliação sobre a periculosi­dade do jovem feita por um dos conselheir­os da escola em que ele estudava era prematura, já que ele recebia cuidados de sua mãe, frequentav­a a escola regularmen­te e participav­a de sessões de aconselham­ento.

Na semana passada, porém, dois dos três elementos listados pelo departamen­to como estabiliza­dores não existiam mais: sua mãe morreu em novembro e ele foi expulso da escola Marjory Stoneman Douglas em razão de seu comportame­nto.

“O garoto exibiu todos os sinais vermelhos conhecidos, desde matar animais e ter um esconderij­o de armas, a comportame­nto disruptivo e dizer que queria ser um atirador de escola”, disse Howard Finkelstei­n, defensor público do condado de Broward, cujo escritório defende Cruz. “Se esta não é uma pessoa que deveria ter chamado a atenção das autoridade, eu não sei quem seria. Este foi um caso de falha em múltiplos sistemas.”

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