Para votar decreto, base governista faz chamado por quórum
Líderes do MDB, PSDB, PRB e DEM reforçaram pedido para reunir bancadas. Oposição tenta obstruir votação
Com o objetivo de aprovar rapidamente o decreto de intervenção federal no Rio de Janeiro, partidos da base aliada estão convocando seus deputados para a sessão de hoje à noite na Câmara. Líderes de MDB, PSDB, PRB e DEM passaram o dia de ontem reforçando o pedido para reunir a maioria das bancadas na votação do tema, a partir das 19 horas. Apesar do esforço, a oposição fala abertamente em “dificultar o quórum ao máximo”.
A sessão foi marcada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Para abrir os trabalhos, é necessária a presença de, ao menos, 51 deputados. Já para colocar a medida em votação, o quórum precisa alcançar 257 parlamentares. Como é pouco usual que temas importantes sejam votados às segundas-feiras, os líderes tiveram de solicitar aos parlamentares que voltem de seus Estados antes do previsto.
“Vamos trabalhar pelo quórum. A assessoria da Câmara está ligando para que todos estejam presentes. Como é uma sessão noturna, acho que vamos ter número suficiente. É maioria simples”, afirmou o vice-líder do governo na Câmara, deputado Beto Mansur (PRB-SP).
O líder do MDB, deputado Baleia Rossi (SP), explicou que o partido do presidente Michel Temer, autor da ação, terá a “grande maioria” da bancada na Câmara para votar a favor da intervenção. “Não há necessidade de fechamento de questão. Pelas manifestações, todos deputados são favoráveis ao decreto, que é constitucional e se justifica pela situação calamitosa do Rio”, defendeu.
Ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (MDB-MS) voltou a Brasília ontem e entrou na articulação para garantir que o decreto seja aprovado ainda hoje. “Vou fazer meus contatos iniciais. A acredito que dê quórum para podermos votar, estou confiante nisso”, explicou.
Oposição. O governo deve, no entanto, enfrentar a resistência do PT, que tentará impedir a presença mínima de deputados. “Vamos dificultar o quórum ao máximo”, disse o líder do PT na Câmara, o deputado Paulo Pimenta (RS).