'Futebol é um mundo do faz de conta'
Uma das referências do time de Carille diz estar mais focado e quer ter um desempenho melhor do que em 2015
Jadson é uma das referências do Corinthians em campo e também um exemplo de profissional que sabe viver a vida, mas entende que tudo isso não é eterno. Em entrevista ao Estado, o meia de 34 anos admite que voltou mais focado em 2018 e sabe que terá vida tranquila financeiramente quando se aposentar, pois pensou no futuro e guardou o que o precisava. Comentou ainda sobre as dificuldades de um atleta e a nova diversão no Corinthians.
Esperava iniciar o ano tão bem, fazendo gols, dando passes... No ano passado, não fiz prétemporada. Agora tivemos uma curta, mas já foi importante. A mentalidade da equipe e o modo de jogar são os mesmos. A única coisa que mudou é que conversei com o Carille e ele achou legal começar a atuar mais centralizado. Coloquei algumas metas. Em 2017, apesar de ter ganho o Paulista e Brasileiro, foi um pouco abaixo para mim. Nesta temporada eu voltei mais focado.
É melhor começar o ano como a “quarta força” ou favorito? Essa história de quarta força motivou a gente. A nossa equipe sabe que a cobrança será maior, mas estamos preparados para as críticas.
O que mudou do Jadson que saiu do Corinthians em 2015 para o Jadson de hoje?
Sou um cara mais simples, só quero fazer o meu trabalho e espero jogar mais do que em 2015. Por isso estou me preparando da melhor forma.
Está mais família?
Sim. Eu gosto de pegar meus filhos e minha mulher e passear. Vou ao cinema, parque, gosto de restaurantes. Balada é mais complicado. Sou casado e minha mulher não gosta de ir.
O relacionamento entre vocês aqui no Corinthians parece bom. A gente tem respeito um pelo outro, mas também gostamos de brincar. Faz parte, né?
Tem alguma mania nova no elenco corintiano?
Eu gosto de jogar videogame e bola com meus filhos. Mas agora tem uma nova atração no CT e na concentração, que é um jogo de guerra chamado Call of Duty: WIII. Fagner, Gabriel, Rodriguinho... Cada um no seu quarto, jogando pela internet. Até o Jô, do Japão, joga.
Quem dá mais trabalho no jogo? O Gabriel está em um momento difícil, só afunda o time. Rodriguinho está melhorando. Fagner, Caíque e Maycon vão bem. Eu sou meio termo. O Juninho acabou de se cadastrar, vamos ver como se sai.
Por falar em Maycon, você conversou com ele sobre o Shakhtar?
Ele veio me perguntar sobre o time. Falei que quando eu estava lá, as coisas estavam bem, mas teve guerra depois e agora não sei. Enquanto estive lá, eles honraram com os contratos. Acho que, se der certo, vai ser bom para os dois lados. O Shakhtar é uma vitrine.
Se pudesse voltar, teria esperado mais para sair do Brasil e ir para um clube maior?
Não. Terminamos em segundo o Campeonato Brasileiro com o Atlético-PR, mas eu não tinha uma condição financeira legal ainda. Não pensei duas vezes. Foram sete anos e meio. Sou grato a Deus por isso.
Fiquei sabendo que você é viciado em carro...
É uma das minhas grandes paixões. Minha mulher fica brava comigo, porque eu não compro roupa, não compro nada para mim. Só quero saber de colocar escapamento, turbo e chipar meu carro. Tudo tem seu tempo, mas hoje eu posso fazer isso sem problemas.
O futuro te preocupa, quando você parar de jogar futebol?
Eu tenho investimentos e uma empresa de engenharia civil que está crescendo bem.