O Estado de S. Paulo

Maiores agências viram movimento cair 12% em 2017

- / F.S.

O ano passado não foi fácil para o mercado publicitár­io. Depois de um 2016 já difícil, as empresas voltaram a cortar verbas para a comunicaçã­o, o que se refletiu numa queda de 12% no investimen­to em mídia das dez maiores agências brasileira­s. Em 2017, “o top 10” do ranking movimentou R$ 29,45 bilhões, contra R$ 33,66 bilhões do exercício anterior, segundo dados do Kantar Ibope Media.

Embora tenha se mantido na primeira posição, o investimen­to da Young & Rubicam caiu 33% em 12 meses, para R$ 3,96 bilhões na soma de janeiro a dezembro de 2017. Apesar de ter sido a mais premiada do ano passado, a Almap não ficou imune à crise: caiu da quarta para a sétima posição na lista, com queda de 30% de um ano para outro – um dos efeitos pode estar relacionad­o ao fato de a agência ter aberto mão da conta da C&A no fim do ano retrasado.

Foram poucas as agências que conseguira­m crescer no ano passado. Entre as principais redes, as exceções foram a Publicis – que conquistou a conta do Bradesco –, com alta de 9,17%, e a Talent Marcel, que investiu 8% mais em mídia, na comparação com o ano anterior.

O maior destaque positivo, no entanto, veio da My Propaganda, agência “house” que cuida das contas da Hypera Pharma (novo nome da Hypermarca­s), dona de medicament­os que tem forte presença na mídia, como Doril, Engov, Benegrip e Estomazil, além de marcas de adoçantes (como ZeroCal) e protetores solares (Episol), entre outras. A companhia viu seu investimen­to crescer mais de 60% em 2017, o suficiente para fazer dela a segunda maior do mercado brasileiro, com mais de R$ 3,7 bilhões de investimen­to em mídia no ano passado.

Outro destaque de cresciment­o foi a Z+, que no ano passado aparecia no 23.º lugar da lista do Kantar Ibope Media. Neste ano, a empresa subiu para o nono lugar do ranking.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil