Vera Magalhães
Temer joga com o tempo para responder à pergunta, cada vez mais repetida, sobre se será ou não candidato à reeleição.
Michel Temer joga com o tempo para responder à pergunta, cada vez mais repetida, sobre se será ou não candidato à reeleição. Sua condição, apenas e tão somente nesse campo, é vantajosa em relação a alguns dos virtuais oponentes: não precisa renunciar ao mandato e não é premido pelo prazo para escolher um partido.
Por isso, julga ter tempo para que os dois principais fatores que vão determinar suas chances eleitorais mostrem resultado: a recuperação da economia e o sucesso ou fracasso da intervenção federal no Rio.
São essas as variáveis capazes de mexer na sua ainda esquálida popularidade, sem cuja recuperação a candidatura deixará de fazer sentido para o próprio MDB, que sempre se pauta pelo pragmatismo na hora de definir a estratégia eleitoral.
O “deadline” para a decisão é junho, atestam os aliados. É nessa época que se definirão as alianças, essenciais numa eleição cujo resultado ainda será influenciado pelo peso da propaganda de TV.
São pouco menos de quatro meses para que a retomada do consumo e do emprego mostre se tem vigor para embalar um discurso de que o governo tirou o País do buraco econômico cavado pelo PT. E para que a intervenção no Rio melhore a sensação de segurança das pessoas – uma vez que a solução estrutural para o crime no Estado é algo fora do horizonte.
Até lá, pesquisas serão semanais, como num constante eletrocardiograma a medir os sinais vitais do presidente e sua chance de sobrevida eleitoral.