5 PERGUNTAS PARA...
1. Como o sr. avalia as medidas anunciadas pelo governo depois da suspensão da reforma da Previdência?
As medidas anunciadas são todas importantes. São boas e corretas. Eu vi que o cadastro positivo está na lista. É um tema importante para a redução do spread bancário, por exemplo. Mas certamente o nosso maior problema está na parte fiscal e esta questão vai ficar para o próximo governo.
2. O sr. imagina, então, que a reforma da Previdência se tornou inviável neste governo pela proximidade das eleições?
Página virada neste governo. Vai ficar para o próximo.
3. Como essa questão vai chegar ao próximo governo?
Não importa o partido que ganhe, ele vai ter de tocar essa agenda.
4. De quem foi o erro pela suspensão da reforma?
O erro foi do presidente (Michel Temer) que se encontrou com o Joesley (Batista) naquelas circunstâncias no Palácio do Jaburu. Se não tivesse havido aquela notícia e os desdobramentos promovidos pela Procuradoria-Geral da República, a reforma da Previdência teria sido aprovada.
5. A suspensão da reforma da Previdência traz algum impacto para a economia neste ano?
Eu acho que está precificado. Evidentemente está precificado, entre outros motivos, porque houve uma surpresa inflacionária muito positiva. Os juros vão poder ser mais baixos e isso tem um impacto positivo sobre a dinâmica da dívida pública.