Justiça condena Marcola a 30 anos de prisão
A Justiça de Presidente Venceslau condenou ontem cinco líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC), entre eles o chefe-mor Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, a penas de 30 anos de prisão por organização criminosa armada e corrupção ativa. A decisão foi tomada no âmbito das investigações da Operação Ethos, que mostrou que a facção havia montado um núcleo jurídico para atuar em seu favor.
Além de Marcola, foram condenados Cleber Marcelino Dias dos Santos, o Clebinho, Daniel Vinícius Canônico, o Cego, Paulo Cesar Nascimento Júnior, o Neblina, e Marcos Paulo Ferreira Lustosa, o Japonês. No total, oito integrantes da facção foram considerados culpados.
“(Eles) estenderam tentáculos para o seio do Poder Público, agredindo valores substanciosos e caríssimos a toda sociedade brasileira, adentrando em organismos e entidades vocacionadas para a proteção dos direitos fundamentais da pessoa humana. Não se trata de juízo abstrato, mas sim algo que permeia os noticiários da mídia nacional há anos, além do que amparado pelas provas”, escreveu na sentença o juiz da 1.ª Vara de Presidente Venceslau, Gabriel Medeiros.
Operação. A Polícia Federal deflagrou ontem a Operação Frater, em que desarticulou um braço do PCC acusado de receber e distribuir carregamentos de cocaína. Doze pessoas foram presas temporariamente. Na investigação, iniciada em janeiro de 2017, foram apreendidos 890 quilos de cocaína, 11 fuzis, duas pistolas, grande quantidade de munição e três bloqueadores de telefone celular. Os 31 mandados judiciais foram cumpridos pela PF nas cidades de São Paulo, Mogi das Cruzes, Santo André, Jarinu e Praia Grande.