Pressão aumenta sobre Dorival Jr.
São Paulo volta a jogar mal, perde por 2 a 1 para o Ituano em sua segunda derrota seguida e a situação do treinador fica ainda mais complicada
O técnico Dorival Junior balança cada vez mais no comando do São Paulo. Ontem, o time perdeu a segunda seguida no Paulistão, desta vez para o Ituano, por 2 a 1, fora de casa, e o clima é de tensão no Morumbi. Na última chance para um empate, Cueva, que marcou o único gol tricolor no jogo, desperdiçou um pênalti nos acréscimos.
Bastante pressionado depois da derrota por 1 a 0 para o Santos em casa, no domingo, Dorival de novo não conseguiu acertar o time em campo, e as mudanças só tiveram efeito enquanto os sinais de desgaste físico dos atletas não apareciam. Com a insatisfação da torcida e de vários dirigentes com os jogadores, mas sobretudo com o treinador, aumentando a cada revés, não se pode descartar uma mudança no comando.
O trabalho de Dorival vem sendo alvo de seguidas reuniões entre dirigentes e conselheiros do São Paulo e a derrota de ontem pode agravar ainda mais o clima. Mesmo com reforços de peso como Diego Souza, Nenê, Valdivia e Tréllez, ele não tem conseguido fazer a equipe funcionar em campo.
Se após a derrota para o Santos ele afirmou que “técnico não faz gol”, frase que causou constrangimento no bastidor, ontem ele optou por um discurso diferente e assumiu culpa. “A derrota é coletiva. O responsável é o treinador e não vou fugir da responsabilidade jamais”, explicou, reforçando que pode dar a volta por cima. “O futebol permite que você saia do momento ruim e busque a recuperação. É a mesma condição na boa fase, de não deixar cair de produção. É preciso ter consciência e buscar a recuperação o mais rápido possível.”
Após o jogo, o elenco saiu em defesa de Dorival. “Não tem nada de errado. O professor faz o que dá para o time ir bem”, defendeu o lateral Reinaldo. “Erramos dentro de campo. O professor continua do mesmo jeito, trabalhando e corrigindo erros para sempre melhorar.”
Para o atacante Marcos Guilherme, a confiança no treinador não está abalada. “O grupo tem total confiança no trabalho dele e nos jogadores. O sentimento do grupo é de manter esta confiança forte. Temos de ter personalidade, não tem mais menino aqui. Sabemos da pressão que existe.”