O Estado de S. Paulo

Corinthian­s apresenta suas meninas

Jogadoras do time, que terá como maior desafio ser bi da Libertador­es, sonham atuar na Arena de Itaquera

- Daniel Batista

Atual campeão da Libertador­es feminina, em parceria com o Audax, o Corinthian­s encerrou o acordo com o time de Osasco e criou sua própria equipe, que foi apresentad­a ontem, no CT Joaquim Grava. E as meninas já sonham um dia ver a Arena Corinthian­s lotada em um jogo delas.

“Nós gostaríamo­s de jogar lá. A condição na Arena é a melhor possível para se jogar futebol, mas sabemos que, para o futebol feminino, não vão abrir a casa para todos os jogos. Mas eventualme­nte para jogos decisivos nos interessa e teria até mais visibilida­de”, disse o técnico Arthur Elias.

Apesar do pedido, o treinador disse que o time está feliz e só tem elogios ao Parque São Jorge, local onde manda suas partidas. “Jogar no Parque São Jorge é excelente para nós. O campo foi reformado e está excelente. É um estádio mais acanhado, mas que cabe 8 mil ou 10 mil pessoas numa final.’’

Além de Arthur, o elenco todo esteve presente no CT Joaquim Grava e a zagueiro Alline Caladrini e a meia Grazi deram entrevista­s representa­ndo o time.

Grazi é uma das líderes do elenco. “O fato de vestir essa camisa pelo terceiro ano seguido e estar com minhas companheir­as é muito motivador. Apesar dos 22 anos de carreira, minha vontade diária é de estar com elas’’, contou a jogadora, que atua desde os 14 anos.

Uma das novidades deste ano é que, com o fato de o time ser apenas do Corinthian­s, as meninas vão utilizar as mesmas instalaçõe­s da base do clube. “É um novo momento do futebol feminino no clube, agora dentro do Corinthian­s, antes era gestão compartilh­ada, agora é gestão única. Estamos muito orgulhosos”, contou Arthur.

A partir de 2019, a Conmebol exigirá que os clubes que disputem a Copa Libertador­es tenham times femininos. “Queremos uma sociedade que invista mais no esporte, que seja mais natural. Existem medidas que hoje estão ajudando a modalidade. A obrigatori­edade hoje faz justiça à falta de apoio que teve por tanto tempo na modalidade’’, disse Arthur. “Queremos condições básicas de trabalho para elas, que sejam remunerada­s e reconhecid­as. O Corinthian­s sai na frente, como o Santos, que tem um time há bastante tempo. Que se faça de uma forma organizada e respeitosa, como temos aqui’’, completou.

 ?? DANIEL AUGUSTO JR./AG. CORINTHIAN­S ?? Força feminina. Após desfazer parceria, Corinthian­s monta elenco que mescla experiênci­a e juventude, vai usar as mesmas instalaçõe­s dos homens e espera jogar na Arena de Itaquera
DANIEL AUGUSTO JR./AG. CORINTHIAN­S Força feminina. Após desfazer parceria, Corinthian­s monta elenco que mescla experiênci­a e juventude, vai usar as mesmas instalaçõe­s dos homens e espera jogar na Arena de Itaquera

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