Corinthians apresenta suas meninas
Jogadoras do time, que terá como maior desafio ser bi da Libertadores, sonham atuar na Arena de Itaquera
Atual campeão da Libertadores feminina, em parceria com o Audax, o Corinthians encerrou o acordo com o time de Osasco e criou sua própria equipe, que foi apresentada ontem, no CT Joaquim Grava. E as meninas já sonham um dia ver a Arena Corinthians lotada em um jogo delas.
“Nós gostaríamos de jogar lá. A condição na Arena é a melhor possível para se jogar futebol, mas sabemos que, para o futebol feminino, não vão abrir a casa para todos os jogos. Mas eventualmente para jogos decisivos nos interessa e teria até mais visibilidade”, disse o técnico Arthur Elias.
Apesar do pedido, o treinador disse que o time está feliz e só tem elogios ao Parque São Jorge, local onde manda suas partidas. “Jogar no Parque São Jorge é excelente para nós. O campo foi reformado e está excelente. É um estádio mais acanhado, mas que cabe 8 mil ou 10 mil pessoas numa final.’’
Além de Arthur, o elenco todo esteve presente no CT Joaquim Grava e a zagueiro Alline Caladrini e a meia Grazi deram entrevistas representando o time.
Grazi é uma das líderes do elenco. “O fato de vestir essa camisa pelo terceiro ano seguido e estar com minhas companheiras é muito motivador. Apesar dos 22 anos de carreira, minha vontade diária é de estar com elas’’, contou a jogadora, que atua desde os 14 anos.
Uma das novidades deste ano é que, com o fato de o time ser apenas do Corinthians, as meninas vão utilizar as mesmas instalações da base do clube. “É um novo momento do futebol feminino no clube, agora dentro do Corinthians, antes era gestão compartilhada, agora é gestão única. Estamos muito orgulhosos”, contou Arthur.
A partir de 2019, a Conmebol exigirá que os clubes que disputem a Copa Libertadores tenham times femininos. “Queremos uma sociedade que invista mais no esporte, que seja mais natural. Existem medidas que hoje estão ajudando a modalidade. A obrigatoriedade hoje faz justiça à falta de apoio que teve por tanto tempo na modalidade’’, disse Arthur. “Queremos condições básicas de trabalho para elas, que sejam remuneradas e reconhecidas. O Corinthians sai na frente, como o Santos, que tem um time há bastante tempo. Que se faça de uma forma organizada e respeitosa, como temos aqui’’, completou.