O Estado de S. Paulo

HISTÓRICO DE ‘FIADOR’

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1. Lula.

Henrique Meirelles foi presidente do Banco Central nos dois governos de Lula. Quando foi convidado, era filiado ao PSDB. Meirelles foi chamado para ser o “fiador” do petista no mercado – ajudou a quebrar as resistênci­as de investidor­es e a passar o recado de que Lula cumpriria a cartilha econômica.

2. Dilma.

A sucessora de Lula foi a única presidente, desde 2003, a abrir mão de Meirelles no governo. Dilma o rejeitou como vice em sua chapa e descartou mantê-lo no Ban- co Central ou co- locá-lo no Ministé- rio da Fazenda, como Lula queria. Em 2012, um ano após se filiar ao PSD, Meirelles migrou para o setor privado.

3. Aécio.

Em 2014, o senador e então pré-candidato à Presidênci­a da República Aécio Neves (PSDB-MG) disse que Meirelles poderia vir a ser candidato a vice-presidente na sua chapa, caso o PSD não apoiasse a reeleição de Dilma Rousseff. “Meirelles é um nome extremamen­te qualificad­o que o Brasil inteiro respeita”, afirmou na época o tucano, para quem o ex-presidente do BC era considerad­o o “vice dos sonhos”.

4. Temer.

Meirelles foi confirmado no posto de ministro da Fazenda de Michel Temer em maio de 2016 e viu-se novamente no papel de “fiador” e figura central da economia do governo do emedebista. Defensor da reforma da Previdênci­a, foi apontado como “pai” das mudanças na área. No entanto, nesta semana o governo anunciou oficialmen­te a suspensão da tramitação da proposta de alterações na aposentado­ria.

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UESLEI MARCELINO/REUTERS - 8/1/2018
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