O Estado de S. Paulo

Banco do Brasil tem lucro recorde de R$ 3,2 bilhões no 4º trimestre

Ganhos entre outubro e dezembro ajudaram banco a ter lucro de R$ 11 bi em 2017, alta de 54% sobre o ano anterior

- Aline Bronzati

O Banco do Brasil teve lucro líquido ajustado de R$ 3,188 bilhões no quarto trimestre de 2017, cifra 82,5% superior à registrada no mesmo período do ano anterior, de R$ 1,747 bilhão. O resultado, que ficou acima das expectativ­as de analistas, foi o mais alto da história da instituiçã­o financeira – pouco acima dos R$ 3,180 bilhões do quatro trimestre de 2012.

O desempenho entre outubro e dezembro ajudou a elevar o resultado para todo o ano de 2017 para R$ 11 bilhões, uma expansão de 54,2% em relação aos ganhos de R$ 7,171 bilhões de 2016, que haviam sido os mais fracos dos últimos cinco anos. O resultado ficou no centro das estimativa­s divulgadas pelo banco no início de 2017, que variavam de ganhos de R$ 9,5 bilhões a R$ 12,5 bilhões.

Com base no lucro de 2017, o BB divulgou ontem suas metas para 2018. A instituiçã­o projeta ganhos entre R$ 11,5 bilhões e R$ 14 bilhões para o fechamento do ano. O banco ressalta que a estimativa não leva em conta possíveis aquisições ou parcerias estratégia­s que possam vir a ser firmadas em segmentos específico­s.

O mercado financeiro recebeu bem os números apresentad­os pela instituiçã­o. O papel ON do BB fechou o pregão de ontem em alta de 3,11%. Segundo relatório do BTG Pactual, tanto o resultado no fim de 2017 quanto as metas apresentad­as foram bem recebidas. O banco ponderou, porém, que a melhora das provisões para calotes deverá ter um peso importante para o resultado final de 2018.

O presidente do BB, Paulo Caffarelli, afirmou ontem que a inadimplên­cia da instituiçã­o vai cair ao longo de 2018. Ao fim de 2017, o índice de calotes, consideran­do atrasos acima de 90 dias, era de 3,74%, registrou melhora de 0,2 ponto porcentual em relação em relação a setembro. Para o fim do ano, o banco projeta índice de 3,32%.

O executivo também disse que a instituiçã­o não está satisfeita com sua rentabilid­ade, apesar de o índice ter subido de 8,8%, na média de 2016, para 12,3%, em 2017. “Estamos contentes, mas não satisfeito­s (com o índice). Seguimos focados em reduzir drasticame­nte a distância de resultado em relação aos nossos competidor­es”, afirmou Caffarelli.

Crédito. A carteira de crédito ampliada do BB atingiu R$ 681,3 bilhões no quarto trimestre do ano passado, uma queda de 3,8% em relação ao ano anterior, apesar de uma leve recuperaçã­o, de 0,6%, frente aos três meses anteriores.

O total de ativos do Banco do Brasil alcançou R$ 1,369 trilhão de outubro a dezembro, montante 2,3% menor na comparação com o fechamento do ano anterior.

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