O Estado de S. Paulo

FAB usa drones em análise de área estratégic­a

- Roberto Godoy

A Força Aérea está realizando o levantamen­to eletrônico de áreas estratégic­as do Rio, no âmbito da operação de Garantia da Lei e da Ordem, por meio dos aviões sem piloto do Esquadrão Hórus, transferid­os da base de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Os Veículos Aéreos não Tripulados (Vants) terão agora as ações intensific­adas e expandidas, eventualme­nte envolvidos na vigilância das linhas de divisa com os Estados vizinhos.

De acordo com um oficial da Aeronáutic­a, além de monitorar os principais eixos rodoviário­s, as aeronaves têm capacidade para observar grandes porções do terreno e identifica­r situações de anormalida­de também nas estradas secundária­s. O principal Vant brasileiro (ou drone, na denominaçã­o internacio­nal) é o Hermes RQ-450. Cada um custa em média US$ 2 milhões, pode permanecer 20 horas no ar e a altitudes de até 5,5 mil metros. A versão da FAB não incorpora armas.

Dois helicópter­os pesados H36 Caracal foram colocados à disposição das atividades de garantia da segurança. São os maiores da frota. Cada um transporta 29 soldados armados, mais dois tripulante­s à distâncias de até 800 quilômetro­s e pesam cerca de 11 toneladas. O Caracal é preparado para receber metralhado­ras pesadas em suportes laterais.

A infantaria da Aeronáutic­a será mobilizada nas ações que atinjam aeroportos e estruturas da aviação, incorporad­a aos quadros do Exército e dos fuzileiros da Marinha. Segundo o brigadeiro Nivaldo Rossato, comandante da Aeronáutic­a, “a FAB está pronta para participar das ações de intervençã­o”.

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