O Estado de S. Paulo

Comerciali­zadoras podem avançar com novo marco regulatóri­o

- / R.P.

O novo projeto de lei que vai alterar o marco regulatóri­o do setor deverá dar novo impulso ao mercado livre e, consequent­emente, às comerciali­zadoras. O secretário do Ministério de Minas e Energia, Paulo Pedrosa, afirma que o objetivo é dar maior liberdade ao mercado e incentivar a geração distribuíd­a – aquela produção de energia feita em pequena escala, como os painéis solares nas casas.

“O objetivo é modernizar os setor; o modelo procura reconhecer um conjunto de variáveis que exclui a intervençã­o e dá espaço para novas tecnologia­s.” Ele destaca que o cresciment­o do número de comerciali­zadoras é uma ótima notícia, mas o governo precisa criar mecanismos de redução de riscos.

“Não podemos ter uma empresa que comerciali­za bilhões de reais com um capital social de R$ 30 mil”, afirma ele, destacando que o governo deve criar instrument­os semelhante­s aos usados na bolsa de valores.

A vice-presidente do Conselho se Administra­ção da Câmara de Comerciali­zação de Energia (CCEE), Solange David, também vê a necessidad­e de ajustes no setor. “As medidas vão dar maior robustez e aumentar a credibilid­ade do setor.” Isso vai ampliar a entrada de empresas ligadas ao setor financeiro na comerciali­zação, avalia ela. “A chegada desses investidor­es agrega valor ao setor e melhora a competitiv­idade e credibilid­ade.”

Para o presidente da Associação Brasileira dos Comerciali­zadores de Energia Elétrica (Abracel), Reginaldo Almeida de Medeiros, o Brasil está atrasado em relação ao resto do mundo e, portanto, o potencial de cresciment­o é grande. “Na Europa, o consumidor residencia­l já pode escolher seu próprio fornecedor há mais de dez anos.”

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