O Estado de S. Paulo

Um obcecado por conquistas, um competidor feroz

- Marcius Azevedo

Desde de criança, quando acompanhav­a o pai Joe, também jogador, Kobe Bryant sempre quis ser Michael Jordan. Até os movimentos plásticos do ídolo foram copiados, como ele mesmo admitiu anos depois. O ex-astro do Los Angeles Lakers não conseguiu ser MJ, até porque é impossível se igualar ao melhor de todos os tempos, mas se aproximou bastante do Olimpo do basquete.

Em 20 temporadas na NBA, todas pela franquia da Califórnia – exigiu ser trocado para o Lakers ao ser escolhido no Draft de 1996 pelo Charlotte Hornets –, foram cinco títulos da maior liga de basquete do mundo, dois prêmios de MVP (jogador mais valioso) das finais, um de MVP da temporada regular, além de 18 indicações para o All-Star Game, o tradiciona­l Jogo das Estrelas. São ainda dois ouros olímpicos pela seleção americana, em Pequim-2008 e Londres-2012.

Assim como Jordan, Kobe sempre foi um obcecado por conquistas, era um competidor feroz. Ao longo da carreira, colecionou admiradore­s na mesma proporção que desafetos. Brigava até com companheir­os de equipe, não hesitava em criticá-los publicamen­te depois de um jogo ruim. Nunca aceitava derrotas com naturalida­de, algo que, muitas vezes, se faz necessário no esporte.

No fim de tudo, em uma carta bastante emotiva, Kobe agradeceu ao basquete por tudo que ele lhe proporcion­ou e se despediu com uma atuação impecável, ao anotar 60 pontos na vitória sobre o Utah Jazz, em 14 de abril de 2016. Os amantes do esporte da bola laranja serão eternament­e gratos por tudo que o astro fez em quadra.

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Sintonia. O superastro do Los Angeles Lakers Kobe Bryant e o animador Glen Keane

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