O Estado de S. Paulo

Temer é candidato a cabo eleitoral, diz aliado

- TEO CURY COM NAIRA TRINDADE E LEONEL ROCHA . COLABOROU FERNANDO NAKAGAWA

Interlocut­or de Michel Temer, frequentad­or do Palácio do Jaburu, o deputado Darcísio Perondi (MDB-RS) diz que a candidatur­a do presidente à reeleição “não é para valer” e os movimentos nessa direção visam apenas transformá-lo “num cabo eleitoral poderoso” para um candidato de centro. Perondi defende apoio do MDB ao governador e presidenci­ável tucano Geraldo Alckmin. “Ele abandonou o governo nas duas denúncias e foi medroso na questão da Previdênci­a, mas vamos superar as mágoas”, diz. “Porque ele é o melhor nome do centro.”

» Por dentro. Perondi participou da reunião do Jaburu domingo, que decidiu formalizar ontem o Ministério da Segurança Pública.

» Afinados. Pragmático, Temer tem elogiado Geraldo Alckmin e diz que não trabalha com mágoas, como já declarou ao Estado.

» Vem mais. As ações do governo no Rio não vão se restringir à intervençã­o na segurança pública. O presidente Temer determinou aos ministros da Saúde, Cidades e Desenvolvi­mento Social projetos voltados para os moradores de favelas.

» Também quero. A nomeação do general do Exército Joaquim Luna para o Ministério da Defesa provocou ciúmes na Marinha e Aeronáutic­a, que defendem inaugurar um rodízio no comando da pasta entre as forças.

» Tem limite. Novo ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann não deve mexer no comando da PF. Quem acompanhou as tratativas para a criação da pasta diz que ele não terá essa autonomia toda.

» Blindado. Interlocut­ores de Temer observam que Fernando Segovia chegou à direção-geral da PF indicado pela cúpula do Planalto, com o apoio de políticos como José Sarney. Ou seja, é imexível.

» A lei é... O pedido da PGR para que o Supremo proíba o diretor-geral da PF, Fernando Segovia, de comentar inquéritos em andamento sob pena de ele ser afastado do cargo causou reações na Corte.

» ...para todos? Um ministro diz que Raquel Dodge deveria estender o pedido aos procurador­es da Lava Jato que adoram tuitar.

» Seu pedido... O governo esvaziou críticas do presidenci­ável Jair Bolsonaro ao nomear o general Joaquim Luna para o Ministério da Defesa. Pelo Twitter, ele havia dito que a criação do Ministério da Segurança só “teria lógica” se o governo nomeasse na Defesa um general de quatro estrelas.

» Foi mal. Henrique Meirelles telefonou para o presidente do Congresso, Eunício Oliveira, se desculpand­o por não avisar que teria agenda na sua cidade sexta, 23. O senador soube pela imprensa da presença do ministro em Fortaleza.

» Click. O Novotel do Rio encontrou uma forma inusitada de avisar aos hóspedes que o Estado está com a área de segurança sob intervençã­o federal e em clima de guerra. » Deu samba. O novo presidente do Tribunal Superior do Trabalho, João Batista Brito Pereira, citou cada autoridade no agradecime­nto no discurso de posse. Ao se referir ao titular do Planejamen­to, mencionou Diogo Nogueira, o sambista, e não Dyogo Oliveira, o ministro.

» Jeitinho. Líderes partidário­s negociam dividir a presidênci­a das comissões temáticas com base no número de deputados que cada partido terá após a janela partidária de março e não no da eleição de 2014.

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