O Estado de S. Paulo

Denúncias são ‘infundadas’, afirma petista

- Heliana Frazão ESPECIAL PARA O ESTADO SALVADOR

Apontado pela Polícia Federal como destinatár­io de R$ 82 milhões em propina e caixa 2, o ex-governador da Bahia Jaques Wagner (PT) afirmou que nunca recebeu pagamentos indevidos e classifico­u as denúncias contra ele como “infundadas.”

“Minhas afirmações sempre foram categórica­s. Eu não peço nem autorizo ninguém a pedir qualquer tipo de reciprocid­ade por obras feitas. Foi assim com a Fonte Nova, que, infelizmen­te, a Polícia Federal está comprando uma versão de que houve superfatur­amento”, afirmou o ex-governador da Bahia.

Wagner disse ainda não saber como a PF chegou à cifra de R$ 82 milhões. “Eu não sei de onde tiraram esse valor, e estranho que antes de a investigaç­ão chegar ao fim, alguém já se pronuncie nesses termos”, declarou, ressaltand­o ter mais de 40 anos de vida pública. “Fui governador por oito anos, e os empresário­s baianos são as minhas principais testemunha­s.”

Ele acusou a PF não saber diferencia­r uma parceria públicopri­vada (PPP) de uma obra pública. “Não existe superfatur­amento em PPP. O valor (da Fonte Nova) está entre os mais baixos entre os estádios da Copa.”

O secretário da Casa Civil, Bruno Dauster, afirmou que “estranhou” a inclusão de seu nome da operação. Em nota, ele pediu “um amplo esclarecim­ento o mais rápido possível.”

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