O Estado de S. Paulo

Bom trânsito entre civis que atuam na área

- / T.M. E BRENO PIRES

Anunciado ontem como ministro interino da Defesa, o general-engenheiro Joaquim Silva e Luna, de 69 anos, é considerad­o de perfil técnico. Está no ministério há quatro anos, levado pelo então ministro petista Celso Amorim, e exercia a função de secretário-geral na gestão de Raul Jungmann.

Por sua experiênci­a no cargo, uma espécie de número dois da pasta, Silva e Luna tem bom trânsito tanto entre civis que atuam na área como entre integrante­s das Forças Armadas. Disse a pessoas próximas não se incomodar com possíveis críticas por ser o primeiro militar a ocupar o posto e, nas conversas que manteve, refutou a tese de militariza­ção da pasta.

Já criticou o emprego excessivo das Forças em ações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), mas, em avaliações internas, diz considerar que em algumas ocasiões, como no Rio, a intervençã­o dos militares é “inevitável”. Filho de agricultor­es da pequena Barreiros, em Pernambuco, formou-se na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), em 1969, ainda durante o regime militar no País, e foi declarado aspirante-a-oficial de Engenharia dezembro de 1972.

Silva e Luna já foi condenado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), em 2013, por irregulari­dades em um convênio assinado entre o Exército e entidades sem fins lucrativos para os Jogos Mundiais Militares em 2011. O general afirmou que o recurso da defesa foi aceito pelo tribunal, e o processo, arquivado.

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