O Estado de S. Paulo

Restrições a motoristas de aplicativo­s são suspensas

- / MARCO ANTÔNIO CARVALHO e DAIENE CARDOSO

Uma liminar da Justiça obtida pela Defensoria Pública suspendeu as novas regras definidas pela Prefeitura quanto à circulação de veículos ligados a aplicativo­s de transporte individual de passageiro­s. Medidas como a exigência de que o carro usado no aplicativo seja licenciado na capital e tenha no máximo cinco anos de fabricação não estarão sujeitas à fiscalizaç­ão até que o mérito da ação seja julgada.

Nota divulgada ontem pela Defensoria Pública afirma que a Justiça atendeu a um pedido realizado no âmbito de uma ação civil pública. O órgão destaca que o transporte individual privado é “importante alternativ­a à falta de opções de transporte público em regiões da cidade, especialme­nte as mais periférica­s, onde reside a população de renda mais baixa”.

Em nota, a Secretaria Municipal de Transporte­s disse não ter sido notificada oficialmen­te, mas vai recorrer da decisão. “Cabe ressaltar que a administra­ção municipal cumpre decisões judiciais, mas recorrerá da liminar, em defesa da regulação do setor e da qualidade e segurança dos serviços oferecidos aos usuários na cidade.” Congresso. Quatro meses após o Senado fazer alterações sensíveis no texto original, a Câmara retoma a discussão do projeto que regulament­a empresas de transporte privado de passageiro­s, como Uber, Cabify e 99. O projeto é o segundo item da pauta desta semana na Casa.

Há a possibilid­ade de os deputados fazerem novas mudanças no projeto que regulament­a esse tipo de transporte privado. O projeto aprovado na Câmara em abril do ano passado era visto como favorável aos taxistas. No Senado Federal, no entanto, os parlamenta­res retiraram a obrigatori­edade do uso de placas vermelhas e também a imposição de que apenas o dono do veículo possa dirigi-lo.

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