‘Como Nossos Pais’ e a questão da mulher no cinema brasileiro
Como Nossos Pais
(BRASIL, 2017.) DIR. DE LAÍS BODANZKY, COM MARIA RIBEIRO, PAULO VILHENA, CLARICE ABUJAMRA, FELIPE ROCHA, JORGE MAUTNER.
Pode ser que o cinema brasileiro estivesse realmente atrasado na discussão do tema e que o foco desse longa não vá muito adiante do que Paul Mazursky, por exemplo, apresentou há 40 anos, através da personagem de Jill Clayburgh, em Uma Mulher Descasada. Mas Como Nossos Pais, com seu título que evoca Belchior (e Elis Regina), comandou o debate sobre feminismo nos festivais do País, no ano passado. Maria Ribeiro e Paulo Vilhena formam o casal em crise, mas a densidade vem da relação de Maria com a mãe, a admirável Clarice Abujamra. A vida inteira viveram em guerra e precisarão chegar a uma trégua, agora que a mãe faz duas revelações, e uma delas coloca em xeque o que a filha considera a própria identidade. O filme foi o grande vencedor do Festival de Gramado de 2017. Recebeu uma chuva de Kikitos, alguns mais merecidos, mas nenhum injustificável.
C.BRASIL, 22 H. INÉDITO, COLORIDO, 102 MIN.
O Sorriso de Mona Lisa
MONA LISA SMILE. (EUA, 2003.) DIR. DE MIKE NEWELL, COM JULIA ROBERTS, KIRSTEN DUNST, JULIA STILES, MAGGIE GYLLENHAAL. Julia é maravilhosa como professora que tenta liberar a mente de suas alunas na conservadora ‘América’ dos anos 1950. Um belo filme que nunca teve o reconhecimento que merece.
FOX, 14H30.. REPRISE, COLORIDO, 119 MIN.
Te Pego na Saída
FIST FIGHT. (EUA, 2017.) DIR. DE RICHIE KEEN, COM ICE CUBE, CHARLIE DAY, TRACY MORGAN. Quase um remake de Te Pego Lá Fora, de Phil Joanou, de 1987, mas agora a briga é entre professores, não mais entre alunos. Dá para se divertir (um pouco).
HBO2, 17H45. REPR., COLORIDO, 91 MIN.