‘Não é uma lesão grave, mas merece cuidados. Ele estará bem na Copa’
Não se trata de uma lesão grave, mas ela merece cuidados. Nem sempre é preciso operar, mas quando você está lidando com um atleta de alta demanda, às vezes é mais seguro fazer a fixação. Afinal, você está tratando de um profissional, um atleta de alto nível, que tem uma necessidade muito grande de manter o pé toda hora em movimento – e, pela profissão, o tornozelo toda hora torce. Talvez, nesse caso, valha a pena fazer a fixação, mas, evidentemente, é preciso ver o tipo da lesão, da fratura ou da fissura.
De todo modo, quando essa lesão acontece não há uma urgência, não é preciso que o ato operatório seja imediato. Você pode ter tranquilidade para definir qual a melhor conduta para se fazer o tratamento adequado.
Sobre os riscos de operar ou não, primeiro você precisa ter a consciência de que depende da consolidação; independentemente de qualquer situação, a natureza é responsável pela consolidação do osso. Segundo: diante de um quadro com a fratura consolidada, você vai liberar; se não consolidar, você vai ter uma nova fratura. Eu não posso comentar o caso específico do Neymar porque não o examinei e não vi o resultado dos exames. Operar ou não é uma decisão que caberá aos médicos que estão cuidando dele e do próprio Neymar.
De qualquer forma, não acredito que seja um problema para a Copa do Mundo, a não ser que aconteça uma intercorrência. Acho que ele conseguirá jogar bem o Mundial, iniciando o trabalho de preparação junto com o grupo. Não creio que seja algo que possa comprometer a atividade dele na Rússia.