Operação expõe queda de braço
Ainda não há uma definição sobre onde Neymar realizará as partes mais importantes da sua reabilitação, focadas na recuperação da força. E essa decisão envolverá a resolução de uma queda de braço entre Paris Saint-Germain e CBF, algo que voltou a ser exposto ontem.
Embora a cirurgia tenha sido realizada pelo médico da seleção, Rodrigo Lasmar, a liderança da divulgação das informações se concentrou no clube francês, com os detalhes da operação sendo revelados através de um comunicado oficial divulgado por Neymar, PSG e CBF, seguido por um pronunciamento oficial dos médicos Rodrigo Lasmar, da seleção, e Gerard Saillant, do clube francês.
No pronunciamento, ambos reforçaram a tentativa de garantir que a relação entre as partes é boa. “Não houve qualquer desentendimento entre Neymar, PSG e seleção nas decisões sobre a recuperação de Neymar”, afirmou Saillant. “Acompanharemos todos os passos”, acrescentou Lasmar, usando o trabalho de Rafael Martini, fisioterapeuta pessoal de Neymar, como respaldo para a suposta união entre clube e seleção.
O pai de Neymar, após declarações irritadas, permaneceu na França em contato com dirigentes do clube e onde vai assistir na terça-feira ao jogo de volta das oitavas de final da Liga dos Campeões contra o Real Madrid.
A queda de braço entre o clube parisiense e a CBF teve início logo após Neymar se lesionar no último domingo, durante a vitória do PSG sobre o Olympique de Marselha. O diagnóstico da sua contusão não foi preciso, com a primeira avaliação sendo de que o atacante havia sofrido apenas uma fissura.
A previsão de que Neymar ficará até três meses sem jogar encerra precocemente o primeiro ano do craque no PSG. O clube gostaria de aproveitar o brasileiro o quanto antes, por isso, encarava a possibilidade de operá-lo como última alternativa. A postura de Neymar era oposta, pois a Copa da Rússia é, nesse momento, o caminho mais curto para torná-lo o melhor jogador do mundo.