Comportamento tóxico também afeta profissionais
“Depois da síndrome do impostor, uma nova condição tem sido identificada por especialistas dentro de empresas: a síndrome de Procusto”, diz a coach e professora da Fundação Dom Cabral, Eva Hirsch Pontes.
Segundo ela, a origem do nome está na mitologia grega. O gigante Procusto convidava pessoas para passar a noite em sua cama de ferro. No entanto, insistia para que os visitantes coubessem com perfeição no leito, do contrário, eram torturados: esticava os hóspedes muito baixos ou serrava as extremidades dos visitantes que excediam as dimensões da cama.
“No ambiente corporativo, essa visão se enquadra entre profissionais que se sentem ameaçados por pessoas que consideram mais capacitadas. Para evitar incômodo e risco à própria carreira, usam artifícios para desqualificar, menosprezar, humilhar e boicotar o outro.”
Eva considera que as políticas de bônus com excessivo foco no curto prazo, dominantes no ambiente corporativo, podem ser uma das causas desse comportamento tóxico, quando o profissional enxerga o colega como concorrente e não como parte de uma equipe que atua de forma conjunta.
“As empresas perdem com essas atitudes, porque elas desestimulam ideias e impedem o progresso e a inovação”, diz.