Um conjunto sem grandes emoções
Mais caro dos três, o Honda City tem bom espaço interno e leva com conforto quatro adultos. Seu acabamento é de qualidade, com revestimentos de couro em algumas partes e nos bancos. Os comandos do ar-condicionado digital e automático são sensíveis ao toque. Porém, no geral, a cabine não tem muita personalidade.
Melhor que os rivais é também o isolamento acústico. Isso evita que ruído do motor invada a cabine.
A central multimídia é imprecisa. O computador de bordo é comandado por meio de um seletor de difícil acesso, que fica posicionado atrás do volante. Essas características tiraram pontos do City.
A posição de dirigir agrada bastante, o volante tem boa pegada (como o do Virtus) e os bancos dianteiros conseguem acomodar bem e com conforto os ocupantes do carro.
O motor 1.5 de até 116 cv e 15,3 mkgf é o menos potente desse comparativo. Seu funcionamento é suave, mas, em associação ao câmbio automático CVT, fica ruidoso a cada redução de marcha na tentativa de extrair melhor desempenho.
Para fazer ultrapassagens é preciso calcular bem, já que o câmbio demora a responder mesmo se o motorista optar pelas trocas manuais. O foco do CVT é a economia.
As respostas da direção são bem diretas, resultado do sistema elétrico progressivo, que se ajusta conforme a velocidade. Isso chega a ser um contraste em relação ao trem de força.
O ajuste de suspensão, como em todo Honda, é bem firme – o que garante boa estabilidade especialmente em curvas. A carroceria tende a se inclinar mais que a do Virtus, mas menos que a do Cronos.
Essa firmeza da suspensão, porém, faz o carro sofrer quando encontra pisos irregulares pelo caminho.
A aposta em mimos como os faróis de LEDs não compensa a ausência de itens mais úteis, como o sensor de obstáculos.