Governo paulista promete atender a pedido de reitores
A Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado informou, em nota, que deve atender à demanda dos reitores, “desde que não haja impedimento por conta das restrições decorrentes da legislação eleitoral”. O titular da pasta, responsável pelo diálogo entre o Executivo e as instituições, é o vice-governador Márcio França (PSB). Ele deve assumir o governo no próximo mês, quando o governador Geraldo Alckmin pretende deixar o Palácio dos Bandeirantes para disputar as eleições presidenciais pelo PSDB.
Em 2012, ano em que foi aprovada a lei de cotas no ensino superior federal, o governo do Estado propôs a criação de um programa de ações afirmativas na USP, Unicamp e Unesp. A proposta incluía a criação de um fundo de apoio à inclusão social, que envolveria governo e as universidades. A ideia, porém, não saiu do papel.
Mesmo após cortes de gastos nos últimos anos, as universidades ainda vivem dificuldades financeiras. Conforme o Estado revelou em dezembro, USP e Unicamp previram déficit de R$ 560 milhões para 2018 em seus orçamentos. A Unesp atrasou e parcelou o 13.º salário para parte dos servidores.
USP, Unicamp e Unesp receberam do governo estadual, em 2017, R$ 9,1 bilhões, mas 97% disso foi para a folha salarial de professores e técnicos.