O Estado de S. Paulo

ASFALTO NOVO FACILITA ROTINA DE MORADORES E COMERCIANT­ES DA CIDADE

VIAS QUE RECEBERAM MANUTENÇÃO MUDAM O COTIDIANO E O TRAJETO NOS BAIRROS ATENDIDOS

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Tarefas comuns como transporta­r mercadoria, receber clientes, visitar amigos ou levar os filhos para a escola ficaram mais simples para a população de ruas e avenidas que receberam o programa Asfalto Novo, da Prefeitura de São Paulo. O malabarism­o com os buracos fazia parte da rotina de Márcio Ambrósio, de 40 anos, comerciant­e de ovos na Avenida Francisco Vieira Bueno, na Zona Leste. O asfalto irregular dificultav­a as entregas e trazia prejuízos. Ele era obrigado a mudar seu caminho para não danificar a mercadoria. “Ficou muito bom. Os ovos passaram a chegar inteiros depois do recapeamen­to”, conta.

O trabalho feito na Avenida Flamingo, também na Zona Leste, facilitou o dia a dia da dona de casa Edileuza Aroeira Soares, de 44 anos, e de sua família. Com crianças em idade escolar, era preciso prestar atenção aos desníveis do chão para não tropeçar nem cair em buracos, obrigando-os a desviar por trechos de via para veículos. “Também víamos carros que ficavam com os pneus estourados devido à má conservaçã­o do asfalto”, recorda. A mudança também foi sentida pelo frentista David Melo, de 30 anos, que há três anos trabalha na Avenida Marechal Tito e abandonou a rotina de colocar, com a ajuda dos amigos, entulho nos buracos que se abriam.

Já a Rua dos Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo, famosa pelos bares, restaurant­es e cafés sempre movimentad­os, também se destacava por um motivo nada atraente: os constantes buracos no asfalto. José Geraldo Luiz de Paula, 47, é motoboy e faz entregas diárias na região há mais de 20 anos. Após deixar mais uma encomenda do dia, ele desencosta de sua moto e aponta alguns metros para a frente, sinalizand­o o ponto, na altura do número 870, onde havia “um buraco muito feio”.

FACILIDADE PARA TRAFEGAR

Mas essa realidade agora faz parte do passado. Desde o final de janeiro, ficou bem mais fácil trafegar por ali também, já que 1.600 metros da via, entre as avenidas Brigadeiro Faria Lima e Rebouças, foram recapeados. No caso da Rua dos Pinheiros, foram realizados ainda reparos em 1.490 metros de sarjeta. “A rua era toda esburacada. Mas fizeram o beiral da calçada e recapearam tudo”, afirma o motoboy. “As faixas [de estacionam­ento para motos] estavam meio apagadas e agora foram reforçadas. Fica mais seguro e mais rápido para a gente. Com asfalto liso é bem melhor”, completa, sorridente, na expectativ­a de fazer entregas mais ágeis e conseguir pegar mais trabalho a partir de agora.

MAIS SEGURANÇA

Jair Antonio da Silva, 40, também costuma fazer entregas na região de Pinheiros. Com uma minivan, ele leva material de escritório para empresas do bairro e está habituado a dirigir por boa parte do seu dia. Para ele, é bem clara a mudança que o recapeamen­to trouxe. “O asfalto aqui melhorou bastante. Alguns pontos estavam com uns buracos muito ruins. Agora ficou bem melhor para a gente dirigir. Faz diferença.” Silva enfatiza ainda que a renovação do pavimento ajudará a aumentar a segurança no trânsito. “Na realidade, nosso grande problema é que, com buraco, os motoristas reduzem a velocidade dos carros, fazem alguma manobra diferente, às vezes errada, e causam acidentes. Quem está atrás nem sempre enxerga o buraco, está com pressa e, quando vê, já foi. Presenciei várias batidas por aqui.” José Nercino Macedo, 43, taxista na Rua dos Pinheiros há 19 anos, lembra que o asfalto irregular é sinônimo de prejuízo. “Eu já tive problema de suspensão no carro por causa disso.” Para Raimundo Guedes, 80, dono de uma lanchonete na rua há 50 anos, o aspecto da via também mudou depois das obras. “Ficou mais bonito. E é claro que asfalto e acabamento melhores ajudam todo mundo.”

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José Nercino Macedo, 43 anos, taxista na Rua dos Pinheiros

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