Máquina de Vendas negocia venda de controle
AMáquina de Vendas está negociando a venda de seu controle para o fundo constituído recentemente pela gestora norte-americana Apollo e pela Starboard, especializada na reestruturação de empresas. As negociações partem também para investidores estratégicos. Nesse sentido, a Starboard iniciou conversas com três players estrangeiros, entre eles a varejista chilena Falabella, que já esteve interessada na ViaVarejo. Uma diligência está em andamento na Máquina de Vendas, que tem 650 lojas e faturamento anual de R$ 5 bilhões. A varejista chegou a ter 1.200 lojas no País. A Starboard acaba de ser contratada pela varejista para reestruturar uma dívida de R$ 1,5 bilhão com fornecedores. Está na mesa também a injeção de R$ 500 milhões, por meio de um aumento de capital e pelo qual os principais acionistas, Ricardo Nunes e Luiz Carlos Batista, teriam o controle diluído. Ambos têm cerca de 90% da companhia. No ano passado, a Máquina de Vendas reestruturou uma dívida de R$ 1,7 bilhão com bancos para pagamento daqui a sete anos.
» Mais forte. Com dificuldades financeiras há vários anos, a Máquina de Vendas precisa dos recursos para recompor seus estoques e consolidar sua expansão. Hoje, a falta de crédito junto aos fornecedores tem gerado carência de produtos, especialmente em equipamentos como TV e aparelhos de som. Dona das redes Ricardo Eletro, Insinuante, City Lar, Salfer e Eletro Shopping, a companhia é a terceira maior varejista do segmento de eletroeletrônicos, atrás da Via Varejo e Magazine Luiza. Procuradas, Máquina de Vendas e Falabella não retornaram.
» Bons ventos. A procura de empresas por prédios corporativos de alto padrão cresceu em São Paulo no começo deste ano, indicando que, aos
poucos, o mercado está voltando a crescer. Em janeiro, o saldo entre áreas alugadas e devolvidas (chamado pelo jargão de absorção líquida) ficou positivo em 15 mil m², montante três vezes superior ao registrado em dezembro, segundo pesquisa da consultoria imobiliária Cushman & Wakefield. Com isso, a área desocupada dos edifícios recuou 0,5 ponto porcentual no período, chegando a 23,96% do total disponível para locação. Por sua vez, o preço médio pedido do aluguel foi a R$ 96,10 por m² ao mês, um aumento de 0,3%.
» Ainda em crise. Já o Rio ainda registra fuga de inquilinos, devido à persistência da crise econômica e social. A absorção líquida foi negativa em 1,8 mil m² em janeiro, ou seja, com mais áreas devolvidas do que locadas pelas empresas. A taxa de vacância aumentou 0,1 ponto porcentual e encerrou janeiro em 41,75%. O preço de locação ficou estável em R$ 107,30 por m² ao mês. O aluguel no Rio é maior do que em São Paulo porque, apesar da crise, a oferta de prédios de alto padrão em áreas nobres é menor.
» Promissor. O fluxo de emprego na cadeia da saúde suplementar atingiu o maior nível em oito meses, conforme o Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). O saldo positivo foi de 10,6 mil contratações em janeiro, representando 13% de todas as contratações feitas no País. O Sudeste foi a região onde houve maior crescimento de empregos, com saldo positivo de 7 mil vagas, seguida pelas regiões Sul e CentroOeste, com quase 2 mil novas contratações cada uma.
» Fornecedores. Em destaque estão os empregos em empresas fornecedoras - fabricantes de equipamentos e suprimentos médicos - que tiveram alta de 2,5% na geração de emprego nos últimos doze meses encerrados em janeiro. Os prestadores de serviço – como clínicas e hospitais e que mais empregam na cadeia de saúde – tiveram alta de 2,2% nos empregos.
» Parceria. Fundos de Investimento em Participações (FIPs), Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) e Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) farão parte do leque de ofertas públicas que serão analisadas no âmbito do convênio da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
» Mais ágil. Hoje são analisadas debêntures, notas promissórias, letras financeiras, cotas de fundos imobiliários, além de ações, bônus de subscrição e certificados de depósitos de ações, desde que já negociados no mercado. O objetivo é que, por meio dessa análise preliminar da Anbima, o processo de registro de ofertas no mercado seja agilizado. Desse forma, o prazo de registro da oferta na autarquia deve ser reduzido.
COM DAYANNE SOUSA E CIRCE BONATELLI *A COLUNISTA ESTÁ EM FÉRIAS