PGR reduz equipe que investiga time de Temer
Responsável por investigar o grupo político do presidente Michel Temer, a força-tarefa Greenfield atua desde o início de março com apenas dois procuradores de forma exclusiva – antes eram quatro. O pedido de que a equipe seja retomada está na PGR e no Conselho Superior do MPF (CSMPF) desde 18 de fevereiro. A procuradora-geral, Raquel Dodge, diz que o problema não é com ela e, sim, com o colegiado. O relator do caso, o subprocurador Mario Bonsaglia, diz que a minuta da portaria para autorizar a prorrogação aguarda a assinatura de Dodge. » Na prática. Enquanto a PGR e o conselho do MP não se entendem, a força-tarefa que engloba as operações Sépsis, Cui Bono?, Patmos e a própria Greenfield está travada e não consegue dar a celeridade necessária a cerca de 180 procedimentos instaurados.
» Controle da mídia. A PGR determinou que os procuradores só poderão receber jornalistas acompanhados de assessores e as conversas serão obrigatoriamente gravadas pela assessoria de comunicação da instituição.
» Mudos. Dos oito pré-candidatos ao Planalto, apenas Jair Bolsonaro e Henrique Meirelles não usaram as redes sociais para se manifestar sobre a morte da vereadora Marielle Franco até o início da noite de ontem.
» Nos anais. O último discurso de Marielle na Câmara de Vereadores do Rio foi no Dia da Mulher, quando também falou da intervenção federal na segurança do Rio. Ela fez sete pronunciamentos criticando a medida do governo Temer.
» Jogada? O presidente do BNDES, Paulo Rabello, fez chegar ao governo que não deve mais deixar o posto para se candidatar ao Planalto. O recado foi entendido como uma tentativa dele de recuperar credibilidade interna. Rabello foi alvo da Operação Pausare.
» Por fora. O presidente do PSC, Pastor Everaldo, diz que oficialmente a candidatura de Paulo Rabello pela legenda está mantida.
» Tentáculos. Além de cargos no Ministério do Trabalho, o líder do PTB na Câmara, Jovair Arantes (GO), também acumula indicações políticas na Conab, Susep e na Casa da Moeda.
» É fácil. Ao ouvir do précandidato ao governo de SP José Aníbal que ele não tem R$ 45 mil para pagar a taxa de inscrição que lhe permitirá participar das prévias, o presidente do PSDB no Estado, Pedro Tobias, recomendou que ele vendesse dois vinhos de sua adega. Aníbal desligou o telefone.
» Te saquei. Tobias vai permitir o pagamento após as prévias. Tucanos avaliam que a estratégia de Aníbal de recorrer à Justiça por causa do valor tem como objetivo adiar a escolha para agosto, tudo o que João Doria não quer.
» Má fama. A direção do PR decidiu mudar de nome. E fará isso antes das eleições. Quer se livrar do carimbo de legenda envolvida em escândalos. Deverá adotar o antigo nome Partido Liberal e não pretende fazer alterações no estatuto.
» Nova direção. O PR deverá escolher o deputado Capitão Augusto (SP) como novo presidente. O cargo é ocupado interinamente pelo vice Tadeu Candelária, que substitui Antônio Carlos Rodrigues, licenciado após ser preso em dezembro pela Polícia Federal. COM NAIRA TRINDADE E LEONEL ROCHA. COLABOROU FABIO SERAPIÃO