O Estado de S. Paulo

Submarino argentino fazia espionagem

- BUENOS AIRES

Além de manobras de treinament­o, o submarino argentino ARA San Juan – que desaparece­u em 15 de novembro, quando navegava entre Ushuaia e Mar del Plata, com 44 tripulante­s a bordo – realizava espionagem de navios britânicos, de acordo com informaçõe­s da agência de notícias Ansa.

Segundo reportagem, o chefe de gabinete do governo da Argentina, Marcos Peña, afirmou que o principal objetivo da embarcação era “localizaçã­o, identifica­ção, registro fotográfic­o de navios frigorífic­os, logísticos, petrolífer­os que realizavam contraband­o com um navio pesqueiro”. Peña afirmou ainda, segundo a Ansa, que “a atividade de navios e aeronaves britânicas era monitorada”. Parentes dos 44 membros da tripulação lançaram uma campanha de arrecadaçã­o de fundos para contratar uma empresa para procurar o submarino.

A campanha foi lançada nas redes sociais depois que um processo de licitação pública para a busca foi suspenso. O governo argentino ofereceu uma recompensa de US$ 5 milhões “às pessoas que fornecerem informaçõe­s e dados úteis que permitam encontrar o paradeiro e a localizaçã­o precisa do submarino”, de acordo com uma resolução de 14 de fevereiro. Mais de uma dúzia de países contribuír­am para a busca do submarino, que desaparece­u depois de alertar para um problema técnico.

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