Negócio libera R$ 5 bilhões para startups, diz presidente do BNDES
Banco, que teve papel ativo no fechamento do acordo entre produtoras de celulose, vai receber R$ 8,5 bi em dinheiro
O presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello de Castro, afirmou ontem que a venda da fatia do banco na Fibria vai liberar pelo menos R$ 5 bilhões para investimentos da instituição no fomento de startups.
Com a união entre Suzano e Fibria, há a expectativa de que o BNDES receba cerca de R$ 8,5 bilhões em dinheiro. Na nova empresa combinada, o banco manterá uma fatia relevante, de 11,1%. A instituição tem 29% da Fibria e 6,9% da Suzano
Segundo Rabello de Castro, o interesse do banco é destinar esses recursos a empresas inovadoras, sem direcionamento a um setor específico. “O BNDES quer saber quais serão os futuros campeões do País”, disse.
Rabello de Castro afirmou que o BNDES tem caixa suficiente para fazer esses aportes antes mesmo que os recursos da venda da Fibria à Suzano cheguem ao banco.
No ano passado, o BNDESPar levantou cerca de R$ 7 bilhões com a venda de fatia de empresas nas quais o banco estava investido, segundo Eliane Lustosa, diretora de mercado de capitais do banco.
Intensas. O BNDES teve um papel preponderante nas negociações entre Fibria e Suzano. Segundo Eliane, as conversas foram intensas nos últimos dias. Como resultado disso, a executiva destacou que a nova companhia estará em linha com as melhores práticas de governança corporativa do mercado, com a indicação de conselheiros independentes.
Em relação à disputa em si, a Paper Excellence não tinha oferecido garantias (financeiras), “apenas uma manifestação de intenção (de compra)”