Excesso compromete a visão do Cristo por George Stevens
A Maior História de Todos os Tempos
THE GREATEST STORY EVER TOLD. (EUA, 1965.) DIR. DE GEORGE STEVENS, COM MAX VON SYDOW, CHARLTON HESTON, CARROLL BAKER, ANGELA LANSBURY, SIDNEY POITIER, JOHN WAYNE, ED WYNN, CLAUDE RAINS.
Leonard Maltin não deixa de ter razão, em seu guia, ao dizer que George Stevens filma algumas das maiores cenas de todos os tempos, mas as estraga pela insistência em mostrar astros e estrelas em participações especiais. Seu filme é macro – a maior história. Um pouco mais de discrição – minimalismo? – serviria melhor ao tema. Basta comparar com a versão de Garth David – Maria Madalena, ou o Evangelho da mulher –, em cartaz nos cinemas. Um momento é emblemático – a ressurreição de Lázaro. Cristo exaure-se, parece que ele próprio vai morrer pelo esforço, no filme de Davis. No de Stevens, é o filho de Deus. Basta estalar os dedos e o céu mobiliza-se. Por bem filmada que seja a versão de Stevens, a de Davis chega a algum lugar que a outra não toca.
TEL. CULT, 22 H. REPRISE, COLORIDO, 199 MIN.
A vida do lendário (e polêmico) político da Baixada Fluminense. Tenório Cavalcanti e sua metralhadora, a ‘Lurdinha’. Kikitos de melhor ator (Wilker) e trilha (David Tygell) em Gramado.
C. BRASIL, 19H25. REPR., COLORIDO, 115 MIN.
Pai e filho, ambos advogados, mas há um fosso entre eles. O diretor Burman retoma temas de O Abraço Partido. E propõe outro belo exercício de cinema intimista, familiar.
C. BRASIL, 22 H. REPR., COLORIDO, 102 MIN.